Toffoli fala sobre excesso de litigância no Brasil.
A litigância excessiva é um dos principais desafios enfrentados pelo Poder Judiciário brasileiro, e a busca por soluções inovadoras para reduzir a carga de processos é fundamental para evitar a sobrecarga do sistema. A litigância pode ser um obstáculo significativo para a resolução eficiente de conflitos, e é importante encontrar maneiras de minimizar seus efeitos negativos. Durante o lançamento do Anuário da Justiça Brasil 2025, realizado na noite de quarta-feira (11/6), no Salão Branco do Supremo Tribunal Federal, em Brasília, a discussão sobre a litigância e suas implicações foi um tema recorrente.
A judicialização de questões que poderiam ser resolvidas de forma extrajudicial é um dos principais fatores que contribuem para a sobrecarga do Poder Judiciário. Além disso, as controvérsias e conflitos que surgem em decorrência da litigância excessiva podem levar a disputas prolongadas e custosas. É fundamental encontrar maneiras de reduzir a litigância e promover a resolução de conflitos de forma mais eficiente, evitando a sobrecarga do sistema e garantindo a justiça para todos. A litigância deve ser vista como um último recurso, e não como a primeira opção para resolver problemas, buscando sempre a solução mais justa e eficaz.
Introdução à Litigância
A Justiça brasileira está enfrentando um desafio significativo, com um aumento expressivo na quantidade de processos judiciais. Em 2024, cerca de 40 milhões de novos processos chegaram às mãos dos magistrados do país, demonstrando o excesso de litigância. No Salão Branco do STF, cerca de 250 pessoas discutiram essa questão, destacando a importância de encontrar solutos para problemas que evitem a judicialização. O ministro do STF Dias Toffoli defendeu a implementação de medidas que promovam a mediação, conciliação e autorregulação dos setores, para evitar a litigância.
A cultura da litigância é um problema que vem da própria formação jurídica nas escolas de Direito, segundo o ministro Dias Toffoli. Ele propôs a inclusão de disciplinas de mediação e arbitragem nos cursos de Direito, para preparar os futuros advogados para lidar com controvérsias de forma mais eficaz. No entanto, é fundamental preservar as garantias fundamentais da defesa, como destacou o advogado criminalista Augusto de Arruda Botelho. Ele defendeu a implementação de formas alternativas de solução de conflitos, como arbitragem, mediação e conciliação, para reduzir a litigância.
Análise da Litigância
A judicialização é uma consequência da forma como as legislações são colocadas no ordenamento jurídico, segundo o advogado Thiago Vilardo Lóes Moreira. É importante melhorar as formas de julgamento e o conteúdo dos julgamentos, para fazer justiça de forma mais eficaz. O tributarista Daniel Corrêa Szelbracikowski destacou a importância de mecanismos como a fixação de temas repetitivos, para reduzir a litigiosidade e uniformizar a jurisprudência. Além disso, é fundamental incentivar a autocomposição e cobrar que as teses de repercussão geral sejam utilizadas e respeitadas por todos os magistrados.
A ministra do Tribunal Superior do Trabalho Maria Cristina Peduzzi destacou a importância da adoção de métodos de resolução extrajudicial de conflitos, como conciliação, mediação e arbitragem, no âmbito trabalhista. Isso pode ajudar a reduzir a litigância e melhorar a celeridade e a efetividade da jurisdição. No entanto, é fundamental encontrar solutos para problemas que evitem a judicialização e promovam a resolução de disputas de forma mais eficaz. A litigância é um problema complexo que requer uma abordagem multifacetada, envolvendo a implementação de medidas adotadas pelo Judiciário, a promoção de formas alternativas de solução de conflitos e a melhoria das formas de julgamento.
Conclusão sobre a Litigância
Em resumo, a litigância é um problema significativo que afeta a Justiça brasileira. É fundamental encontrar solutos para problemas que evitem a judicialização e promovam a resolução de disputas de forma mais eficaz. A implementação de medidas adotadas pelo Judiciário, a promoção de formas alternativas de solução de conflitos e a melhoria das formas de julgamento são essenciais para reduzir a litigância e melhorar a celeridade e a efetividade da jurisdição. Além disso, é fundamental preservar as garantias fundamentais da defesa e promover a autocomposição, para evitar a litigância e promover a justiça de forma mais eficaz. A litigância é um desafio que requer uma abordagem multifacetada e a colaboração de todos os atores envolvidos, para encontrar soluções eficazes e promover a justiça de forma mais eficaz.
Fonte: © Conjur
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