Professora Débora Garofalo defende veto a telefones em escolas como medida para combater o vício e a ‘epidemia de distração’, afetando saúde mental, física e psíquica e estimulando o uso consciente de tecnologia em projetos de robótica.
O celular é uma ferramenta essencial no cotidiano de muitas pessoas, especialmente em ambiente escolar. É graças ao celular que Débora Garofalo, professora em uma escola municipal paulistana, desenvolveu atividades de programação com seus alunos do ensino fundamental, que se transformaram em um projeto de robótica com sucata.
O sucesso do projeto foi pode ser atribuído ao uso estratégico do celular pelos alunos. Com o celular, eles aprenderam a programar e desenvolver projetos, como o de robótica com sucata, que os levou aos melhores colocados do Global Teacher Prize. O que inicialmente poderia parecer um aparelho eletrônico comum se transformou em uma ferramenta de aprendizado. Com o celular, os alunos aprenderam a programar e a utilizar o conhecimento em projetos práticos, como o de aparelho celular, transformando-o em uma ferramenta de ensino.
Ao Celular nas Salas de Aula: Desafios e Perspectivas
A chegada dos aparelhos eletrônicos nas salas de aula sem pedir licença marcou o início de uma nova era na educação brasileira. Para a educadora e especialista em tecnologia na educação, Maria Garofalo, esses aparelhos podem ser aliados, e não inimigos. Nesse contexto, a notícia recente da proibição dos celulares nas escolas e em iniciativas semelhantes em municípios, estados e outros países trouxe à tona a necessidade de uma abordagem mais consciente e responsável sobre o uso da tecnologia.
A proibição dos celulares nas escolas é uma medida radical e não pode ser uma solução definitiva para o problema do uso excessivo desses aparelhos. Segundo Garofalo, é necessário educar as crianças e os adolescentes para um uso consciente da tecnologia, o que inclui a conscientização sobre os riscos do uso excessivo, como a saúde mental, física e psíquica. A lei que proíbe os celulares nas escolas brasileiras afirma ter como objetivo salvaguardar a saúde das crianças e adolescentes, o que inclui a saúde mental, física e psíquica.
A proibição dos celulares nas escolas também é uma medida que pode afetar negativamente os estudantes que não têm acesso pleno à internet em casa. A tecnologia pode ser uma ferramenta de inclusão digital para esses estudantes, permitindo-lhes acesso a informações e oportunidades de aprendizado. Além disso, os celulares podem ser uma ferramenta de conexão e inclusão nas escolas públicas que muitas vezes não têm computadores para todos.
A estratégia para abordar o tema do uso excessivo de telas com os estudantes é fundamental para evitar os riscos do uso excessivo dos celulares. A criação de estratégias para abordar esse tema pode incluir a conscientização sobre os riscos do uso excessivo, a promoção de práticas de uso consciente e a criação de ambientes de aprendizado saudáveis. Além disso, as redes de ensino devem acolher aqueles que estiverem em sofrimento psíquico devido à nomofobia, ou medo ou ansiedade pela falta do celular.
A aproximação do uso pedagógico das tecnologias começou quando Garofalo se candidatou a uma vaga para professora orientadora de educação digital, em 2015. Hoje, com 19 anos de experiência em sala de aula, Garofalo é assessora de políticas públicas inovadoras da Secretaria Municipal de Educação de São Paulo. Ela é também pós-graduada pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), mestre pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) e professora convidada do curso de especialização em Computação Aplicada à Educação da USP (Universidade de São Paulo).
Fonte: © G1 – Globo Mundo
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