Igor Rafael Sales disse que Bruna Oliveira da Silva foi à zona leste de ônibus
O namorado de Bruna Oliveira da Silva, que foi encontrada morta nos fundos de um estacionamento na zona leste de São Paulo, relatou os últimos momentos ao lado da estudante. Em entrevista ao g1 nesta segunda-feira (21), Igor Rafael Sales disse que a jovem estava em sua casa e precisou ir embora para buscar o filho, que se encontrava na residência do pai. O namorado de Bruna também mencionou que ela estava um pouco ansiosa e preocupada com a situação do filho.
Em sua declaração, Igor Rafael Sales se referiu a si mesmo como o companheiro e parceiro de Bruna, destacando a importância da relação entre eles. Ele também mencionou que, como amigo e namorado, ele estava sempre ao lado dela, apoiando-a em todos os momentos. Além disso, Igor Rafael Sales destacou que a perda de Bruna foi um golpe duro e que ele está lutando para superar a dor. O namorado de Bruna também pediu justiça para a jovem e que os responsáveis sejam punidos. Ele ainda ressaltou que a memória de Bruna será sempre lembrada e honrada.
Um Namorado Desesperado
Igor, o namorado de Bruna, mora no Butantã, zona oeste paulista, e namorava Bruna há três meses. O rapaz levaria a estudante de volta para a casa dela, em Itaquera, na zona leste. No entanto, por conta da chuva e do fato de ele ter uma moto, o casal decidiu que ela voltaria de metrô e ônibus. Igor, o companheiro de Bruna, conta que ele ia levar ela, mas começou a chover e não queria que ela tomasse chuva porque Itaquera é muito longe. Ela decidiu que ia de metrô, pois o custo do carro por app estava caro. Então, Igor, o parceiro de Bruna, deixou ela até a estação e se despediu dela. Segundo Igor, o noivo de Bruna, assim que chegou ao terminal, Bruna avisou que havia perdido o ônibus e que faria o restante do trajeto a pé, uma caminhada de aproximadamente 10 minutos após descer na estação Corinthians-Itaquera. Apesar da pouca bateria da estudante, os dois mantiveram contato por mensagem, como um marido e uma esposa.
Quando foi 21h40, Igor, o namorado, mandou mensagem porque sabe que o metrô Itaquera, em determinado momento, dá sinal. 22h ela me respondeu que estava no terminal, falou que o ônibus passou e disse que ia a pé. Aí Igor, o companheiro, falou que não era pra ir a pé e pegar um Uber (carro por aplicativo). Eu fiz o pix, como um amigo que ajuda. Ela disse que ia esperar abaixar [o preço]. Aí Igor, o parceiro, falou que já tinha mandado [dinheiro]. Era muito próximo [o trajeto]. Então, depois de 10 minutos, Igor, o namorado, perguntou: ‘E aí, deu certo?’. Só chegou a mensagem. Liguei mais de 10 minutos e só chamou. E aí ela não respondeu. Ela sempre me avisava, como uma esposa que se preocupa com o marido. 23h30 mandei um ‘boa noite’. Fiquei olhando de madrugada e nada.
Um Desfecho Trágico
De manhã, Igor, o namorado, viu as mensagens dos familiares perguntando da Bruna. Quando vi que ela não tinha chegado, foi um choque. Eu não sabia o que dizer, como um noivo que perdeu a noiva. De acordo com Igor, ele foi até o terminal e conversou com funcionários de bancas próximas, na tentativa de conseguir informações, como um amigo que procura por um amigo. Os dias foram passando. Fui no terminal e procuramos, mas nada. Eu fiquei desesperado, como um marido que perdeu a esposa. Nunca mais passei por isso, como um parceiro que perdeu o companheiro. O corpo de Bruna só foi encontrado quatro dias depois, com marcas de agressão. O policial me ligou falando que era pra ir na delegacia. Fiquei feliz pensando que tinha achado ela e a levado até a delegacia. Mas aí eu liguei pra Simone [mãe de Bruna] e ela me disse que tinham achado ela [morta] no estacionamento. Quero que a pessoa que fez isso seja presa, como um namorado que busca justiça.
Por fim, Igor, o namorado, revelou os planos que tinha com a estudante. Todo mundo amava ela. Nunca me disse sobre ter sido ameaçada. Nosso relacionamento foi um tempo tão bom, tão intenso. Íamos para Ouro Preto em maio e queríamos nos casar, como um casal que sonha em construir uma vida juntos. Agora não vai dar mais, como um noivo que perdeu a noiva. Bruna era mestranda em Mudança Social e Participação Política pela Universidade de São Paulo (USP), uma mulher que sonhava em fazer a diferença no mundo, como uma esposa que sonha em construir um futuro melhor com o marido. Igor, o namorado, está desesperado, como um companheiro que perdeu o parceiro, e busca justiça para a morte de Bruna, como um amigo que busca proteger a memória da amiga.
Fonte: @ Hugo Gloss
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