Natura chega a acordo preliminar para dívida da Avon, que afeta resultados da companhia americana, com dívidas e passivos a serem resolvidos por meio de DIP em uma modalidade de recuperação judicial.
A Natura, uma das principais marcas da corporação Natura&Co, tem sido um dos atores mais visados em processos de controle de produtos sem certificação, como o caso da Avon.
Em um acordo preliminar firmado entre a Natura e credores da Avon, a venda da empresa foi concluída em 2019 por cerca de R$ 2 bilhões, o que contribuiu para a estabilidade financeira da Natura. No entanto, a Avon enfrentou problemas financeiros e, em 2020, foi forçada a entrar em recuperação judicial nos Estados Unidos. A Natura, como uma corporação, tem a responsabilidade de garantir que suas operações estejam alinhadas com as melhores práticas de negócios e que esteja cumprindo com suas obrigações legais e éticas. A Natura tem sido alvo de processos de controle de produtos sem certificação, e a instabilidade da Avon pode ter impactos na imagem da corporação. A Natura deve garantir que seus processos estejam sempre em conformidade com as leis aplicáveis e as expectativas dos consumidores. A Natura tem a oportunidade de fortalecer sua presença no mercado e destacar sua abordagem responsável e sustentável.
Acordo fim de semana com Avon
A Natura e a Natura&Co, corporação, anunciaram em 27 de novembro, um acordo preliminar com o Comitê de Credores Quirografários da Avon Products e suas afiliadas devedoras. Este acordo prevê o pagamento de US$ 34 milhões em dinheiro, além do valor total do financiamento na modalidade DIP (debtor in-possession) no valor de US$ 43 milhões. Este acordo, que permanece sujeito à documentação final e aprovação do juízo que supervisiona o processo de Chapter 11 da Avon, prevê que a Natura concorde em renunciar a todos os seus créditos garantidos e não garantidos contra os devedores da Avon.
O anúncio do acordo animou os investidores, num dia em que o Ibovespa registrou recuo de mais de 1%. As ações da Natura registraram a maior alta do índice por volta das 16h46, subindo 3,41%, a R$ 14,85. A Avon Products apresentou o pedido de recuperação judicial via Chapter 11 em agosto, diante da elevada dívida e passivos jurídicos, anteriores à aquisição pela Natura, um custo que poderia alcançar US$ 10 bilhões.
A Natura, em sua estratégia de construir uma plataforma global de cosméticos, fez a aquisição da Avon Products em 2016, mas não é operacional desde 2016. As dificuldades de integração das operações forçaram a companhia brasileira a rever a pretensão, o que resultou na venda das marcas The Body Shop para a gestora alemã Aurelius e a Aesop para a L’Oréal. O caso da Avon, a Natura estudava separar as operações da Avon Internacional e da Natura na América Latina, fazendo com que o mercado fosse pego de surpresa com o anúncio da recuperação judicial.
A expectativa é de que a resolução dos problemas com a Avon alivie a situação para a Natura. No terceiro trimestre, a companhia brasileira registrou um prejuízo líquido de R$ 6,7 bilhões por conta de uma baixa contábil feita na Avon Products. Embora seja uma situação não recorrente, ela reverteu o lucro de R$ 7 bilhões registrados no mesmo período de 2023.
Para os analistas da Ativa Investimentos, a notícia é positiva ao encerrar uma etapa no processo de Chapter 11 da API, ‘além do fato de os valores acordados estarem em linha com o previsto pela companhia’. No ano, as ações da Natura registram queda de 11,02%, levando o valor de mercado da companhia a R$ 20,5 bilhões.
Fonte: @ NEO FEED
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