Escolas oferecem disciplinas optativas e itinerários formativos.
O Conselho Nacional da Educação, órgão do Ministério da Educação (MEC), publicou no Diário Oficial da União uma resolução que institui os parâmetros da oferta dos itinerários formativos do novo ensino médio nacionalmente, com o objetivo de melhorar a qualidade do ensino médio em todo o país. Essa medida visa proporcionar uma educação mais personalizada e flexível, permitindo que os alunos escolham áreas de interesse e desenvolvam habilidades específicas durante o ensino médio.
A resolução publicada pelo Conselho Nacional da Educação é um importante passo para a implementação do novo ensino médio, que busca oferecer uma educação média mais atraente e relevante para os jovens. Além disso, o ensino de nível médio deve ser repensado para atender às necessidades do mercado de trabalho e da sociedade, proporcionando uma educação secundária de qualidade. Os itinerários formativos são uma parte personalizável do currículo do novo ensino médio, permitindo que os alunos sejam protagonistas de seu próprio aprendizado. A flexibilidade é fundamental para que os estudantes possam explorar suas paixões e interesses durante o ensino médio. A implementação dessas mudanças será um desafio, mas é essencial para o sucesso do novo ensino médio.
Introdução ao Ensino Médio
O ensino médio é uma etapa fundamental na educação média, que visa aprofundar os conhecimentos das disciplinas obrigatórias nas áreas de interesse do aluno. Cada escola deve oferecer pelo menos dois dos componentes, como Matemáticas e suas Tecnologias, Linguagens e suas Tecnologias, Ciências da Natureza e suas Tecnologias, Ciências Humanas e Sociais Aplicadas, além de Formação Técnica e Profissional, que são essenciais para a educação secundária. O documento do Conselho Nacional de Educação (CNE) traz orientações sobre os objetivos de aprendizagem a serem considerados nos itinerários formativos de aprofundamento das quatro áreas do conhecimento, com exceção do itinerário de formação técnica.
No ensino médio, os itinerários formativos devem permitir aos estudantes o aprofundamento de suas aprendizagens e de seu desenvolvimento em uma ou mais áreas do conhecimento, por meio da oferta de projetos interdisciplinares e integradores, com base nos componentes curriculares das respectivas áreas do conhecimento escolhidas. Isso é fundamental para a educação média e o ensino de nível médio, pois permite que os alunos desenvolvam habilidades e conhecimentos específicos em áreas de interesse.
Detalhamento dos Itinerários Formativos
Cada escola deve oferecer pelo menos dois itinerários formativos, e os estudantes poderão escolher seus percursos de aprofundamento. Os itinerários devem ser desenvolvidos por meio de projetos interdisciplinares, com ênfase nas áreas de conhecimento escolhidas pelos alunos. A implementação deve envolver União, estados, municípios e o Distrito Federal, com o objetivo de garantir qualidade e equidade curricular. Além disso, a elaboração dos itinerários formativos de aprofundamento deve considerar a formação continuada de professores, planejamento administrativo, financeiro e pedagógico, e orientações para revisão das propostas pedagógicas das escolas, o que é essencial para a educação secundária e o ensino médio.
A educação escolar indígena, quilombola, bilíngue de surdos, educação especial inclusiva, educação no campo e Educação de Jovens e Adultos (EJA) também devem ser consideradas na elaboração dos itinerários formativos. Isso é fundamental para garantir que todos os alunos tenham acesso a uma educação de qualidade, independentemente de suas origens ou necessidades. O ensino médio é uma etapa crucial na educação média, e é importante que as escolas ofereçam opções de itinerários formativos que atendam às necessidades e interesses dos alunos.
Revisão das Normas do Ensino Médio
Em vigor em todas as escolas públicas e privadas do país desde 2022, o novo ensino médio foi alvo de críticas desde o início da implementação. Por essa razão, o governo federal enviou, em outubro de 2023, um projeto de lei para o Congresso, com o intuito de ajustar alguns pontos, como a distribuição da carga horária entre disciplinas obrigatórias e optativas. As novas normas foram aprovadas em julho de 2024, após votações e discussões na Câmara dos Deputados, no Senado e no Ministério da Educação (MEC), definindo que as matérias obrigatórias passariam de 1.800 horas para 2.400 horas, enquanto as optativas cairiam de 1.200 horas para 600 horas.
A lista de disciplinas obrigatórias aumentaria, incluindo português, matemática, educação física, arte, sociologia, filosofia, inglês, ciências da natureza e ciências humanas. Tudo isso entrou em vigor em 2025, mas ainda faltava que o Conselho Nacional de Educação definisse as normas para a parte optativa do currículo. No começo do novo ensino médio, esse foi justamente um dos pontos mais criticados da reforma: escolas estavam oferecendo opções de itinerário desvinculadas do currículo, o que é um problema para a educação média e o ensino de nível médio. O ensino médio é uma etapa fundamental na educação secundária, e é importante que as escolas ofereçam opções de itinerários formativos que atendam às necessidades e interesses dos alunos.
Fonte: © G1 – Globo Mundo
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