O mercado de aluguel no Brasil caminha em direção a um desenvolvimento urbano com alta demanda habitacional, onde trabalhadores buscam mobilidade e o acesso a imóveis se torna mais caro devido à alta taxa de juros e inflação que aumentam os custos de construção.
O mercado de aluguel no Brasil foi sempre uma opção para quem não podia pagar o imóvel em propriedade, mas nos últimos anos, com a falta de imóveis para comprar, o aluguel foi se tornando uma necessidade para muitos brasileiros, e hoje em dia, cerca de 47,6% dos domicílios são alugados. Isso mostra a crescente demanda por aluguel.
Esse aumento no número de pessoas que optam por aluguel também se reflete na locação de imóveis, seja para moradia, seja para hospedagem. Com a pandemia, muitas pessoas começaram a trabalhar remotamente e precisaram de um espaço funcional para dedicar à sua rotina de trabalho, tornando-se uma opção cada vez mais atraente para quem busca um espaço para aluguel.
Desenvolvimento Urbano e o Aumento do Aluguel no Brasil
A partir de 2000, o Brasil experimentou um crescimento significativo no número de residências alugadas, atingindo 18,8 milhões de domicílios em 2022. Esse aumento representa um crescimento anual de 5%, muito superior ao crescimento de 2,5% ao ano no número total de residências, o que indica que o aluguel está ganhando relevância no país.
A locação de imóveis está se tornando uma opção mais atraente para muitas famílias, especialmente em períodos de instabilidade econômica, devido à alta taxa de juros no Brasil, que torna a compra de imóveis inacessível para muitos. Além disso, a inflação nos custos de construção, combinada com regulamentações urbanísticas mais restritivas, eleva o preço final dos imóveis, dificultando sua aquisição.
A mudança nos planos diretores e regulamentações urbanas também contribuiu para o aumento do aluguel, pois restrições à construção em centros urbanos criam uma oferta limitada de novos empreendimentos, pressionando os preços do mercado. Esses fatores, aliados à crescente busca por flexibilidade e mobilidade, indicam que o aluguel continuará a ser uma escolha atrativa para uma parcela significativa da população.
A hospedagem de qualidade em ambientes seguros e práticos também é uma grande vantagem, especialmente para os trabalhadores que precisam se mudar para outras cidades em busca de oportunidades de emprego. A demanda por soluções habitacionais flexíveis e acessíveis é cada vez maior, e o aluguel atende a essa necessidade.
O mercado de aluguel também está sendo impulsionado pela digitalização dos processos imobiliários. Plataformas digitais e soluções financeiras de garantia locatícia permitem que os inquilinos aluguem um imóvel de forma ágil e sem burocracia, reduzindo a fricção e tornando o aluguel uma opção ainda mais viável.
A região do Centro-Oeste do Brasil lidera em termos de penetração do aluguel, com estados como o Goiás, Mato Grosso e o Distrito Federal (DF) apresentando uma alta taxa de aluguel. No DF, 33% dos domicílios são alugados, refletindo a dinâmica econômica local e o perfil populacional da região.
No entanto, o sudeste e o sul do país também são potências no mercado locatício, devido ao déficit habitacional em tais estados. Estados como São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Paraná concentram quase 50% de todos os imóveis alugados no Brasil, com taxas de aproximadamente 25% de domicílios alugados.
Fonte: © Estadão Imóveis
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