Pedro, do Flamengo, lesionado há mais de um mês, lidera a artilharia com baixa média de gols, seguido por outros jogadores pelos lados.
Com a retomada do Campeonato Brasileiro após a pausa pela data Fifa, a competição nacional está entrando em sua fase final. Com apenas nove rodadas restantes, um aspecto chama a atenção na edição 2024 do torneio: a baixa produtividade dos artilheiros. O atual líder da artilharia, Pedro, pode se tornar o goleador com menos gols na história dos pontos corridos. Atualmente, ele lidera o ranking com 11 gols, um número surpreendentemente baixo para um campeonato de alto nível.
A falta de um centroavante prolífico é um dos principais fatores que contribuem para essa situação. A competição está sentindo a falta de um artilheiro que possa marcar gols consistentemente. Pedro, que lidera a artilharia, é um exemplo de um jogador que tem tido um desempenho razoável, mas ainda assim não alcançou os números que se espera de um goleador em um campeonato nacional. A falta de um artilheiro de alto nível pode ser um dos principais motivos para a baixa produtividade de gols na edição 2024 do Campeonato Brasileiro.
Lesão de Pedro e a Corrida pela Artilharia
O centroavante do Flamengo, Pedro, sofreu uma lesão ligamentar no joelho esquerdo há mais de um mês, quando estava com a seleção brasileira. Essa lesão o deixou fora da temporada. Desde então, foram disputadas quatro rodadas do Brasileirão, mas ninguém conseguiu ultrapassar o camisa 9 do Flamengo na artilharia. Pedro ainda lidera a tabela de artilheiros, apesar de estar lesionado.
Abaixo dele, Hulk chegou a 10 gols em um jogo atrasado do Atlético-MG na última semana e se destacou de quatro jogadores com nove gols: Vegetti (Vasco), Estêvão e Flaco López (ambos do Palmeiras) e Luciano, que entrou em campo na rodada e marcou contra o Vasco, alcançando o mesmo número de gols.
A Possibilidade de um Artilheiro Lesionado
Além da possibilidade inusitada de o Brasileirão terminar em dezembro com o artilheiro lesionado há três meses, o tímido número de gols pode ser histórico. Em 21 edições do campeonato na era dos pontos corridos, sem contar o atual, a temporada com menos gols foi em 2016. Naquele ano, três jogadores dividiram o posto com 14 gols: Diego Souza (Sport), Fred (Atlético-MG) e William Pottker (Ponte Preta). Uma média de 0,37 gol por jogo, considerando as 38 rodadas do Brasileiro.
– Os times não jogam mais com o centroavante fixo, jogo jogado para eles. Isso acaba não monopolizando os gols, eles acabam mais distribuídos. Por isso que o artilheiro ainda é o Pedro. Talvez teremos um artilheiro com um número baixo – analisa Grafite, comentarista dos canais Globo.
– Acho que a maneira de jogo também, a prioridade é os jogadores pelos lados. Eles têm um volume muito maior de jogo, e o fato de não termos centroavante, camisas 9. Acho que esse sistema de jogo, que não prioriza mais os camisas 9, ajuda para esse número baixo dos artilheiros nessa temporada – acrescenta o ex-centroavante.
Artilheiros do Brasileirão (era dos pontos corridos)
2023 – Paulinho (Atlético-MG) – 20 gols
2022 – Cano (Fluminense) – 26 gols
2021 – Hulk (Atlético-MG) – 19 gols
2020 – Claudinho (Bragantino) e Luciano (São Paulo) – 18 gols
2019 – Gabriel (Flamengo) – 25 gols
2018 – Gabriel (Santos) – 18 gols
2017 – Henrique Dourado (Fluminense) e Jô (Corinthians) – 18 gols
2016 – Diego Souza (Sport), Fred (Atlético-MG) e Pottker (Ponte Preta) – 14 gols
2015 – Ricardo Oliveira (Santos) – 20 gols
2014 – Fred (Fluminense) – 18 gols
2013 – Éderson (Athletico-PR) – 21 gols
2012 – Fred (Fluminense) – 20 gols
2011 – Borges (Santos) – 23 gols
2010 – Jonas (Grêmio) – 23 gols
2009 – Adriano (Flamengo) e Diego Tardelli (Atlético-MG) – 19 gols
2008 – Keirrison (Coritiba), Kléber Pereira (Santos) e Washington (Fluminense) – 21 gols
2007 – Josiel (Paraná) – 20 gols
2006 – Souza (Goiás) – 17 gols
2005 – Romário (Vasco) – 22 gols (42 rodadas)
2004 – Washington (Athletico-PR) – 34 gols (46 rodadas)
2003 – Dimba (Goiás) – 31 gols (46 rodadas)
Para que o campeonato de 2024 não seja marcado negativamente neste quesito, os postulantes à artilharia precisam de, no mínimo, seis gols nas rodadas finais. Isso representa dobrar o número de gols atuais para alcançar um número mais respeitável.
Fonte: © GE – Globo Esportes
Comentários sobre este artigo