Estudo nacional revela segredo de longevidade: o papel da moderação alimentar e de hábitos alimentares saudáveis, como o leite de cabra e a papinha com aveia, em conjunto com os ensinamentos religiosos sobre nutrição, pode ser uma chave para uma vida mais longa e saudável.
Em 1924, quando nasci, a realidade era bem distinta. Minha mãe não dispunha de leite materno adequado e meu pai, em busca de soluções, recorreu ao leite de cabra, que tomei por um período significativo, até que eu já estivesse preparada para uma dieta mais variada, incluindo a inclusão de alimentos nutricionais adequados. Uma das primeiras comidas que me foram oferecidas foi uma papinha caseira feita com aveia fina, bem cozida e misturada com leite, um verdadeiro prato para um bebê, e que se tornou um dos meus primeiros alimentes.
Enquanto crescemos, é fundamental priorizar o cuidado com a saúde, em conjunto com o bem-estar, para o equilíbrio entre o corpo e a mente. É preciso assumir a responsabilidade de cuidar de nós mesmos e de nossos entes queridos, oferecendo sempre a atenção necessária para manter a saúde em seu devido lugar. É uma jornada contínua, mas com os ferramentas certas, é possível o sucesso e a satisfação, sendo sempre necessário lembrar que a saúde é um tesouro precioso que merece ser valorizado e cuidado.
Um Legado de Saúde e Equilíbrio
A vida de Margot é um testemunho da importância da moderação e do cuidado com a saúde. Sempre foi educada para se respeitar e respeitar os outros, e essa atitude se reflete em sua abordagem com a alimentação. Ela nunca comeu demais ou com excesso, sempre mastigando bem e devagar, e deixando que o corpo decidisse quando era o suficiente. Essa atitude, junto com a disciplina e a autodisciplina, foi fundamental para sua longevidade e bem-estar.
Uma Infância de Saúde e Cuidado
Margot nasceu e cresceu em uma família que valorizava a saúde e o bem-estar. Seu pai, químico, conheceu sua mãe na Alemanha e se casaram em 1918, vindo posteriormente para o Brasil. Eles foram 21 dias sofrendo em um navio até chegar a Santos. Margot teve uma vida ativa, com várias doenças, como sarampo, coqueluche, escarlatina, rubéola, varíola, hepatite, e até quebrou as duas pernas em um acidente de carro em 1987. Ela também quebrou a mão e a bacia, e viveu 67 anos sem a vesícula. E, ainda assim, teve covid duas vezes. Margot não toma nenhum remédio e não tem diabetes, pressão alta ou outra doença. Ela ouve seu corpo e evita coisas que não lhe fazem bem.
Uma Vida de Disciplina e Cuidado
Margot cuidou de um restaurante por 34 anos, onde cozinhou até 1998. Ela era conhecida por fazer feijoada e lombo recheado, servindo com arroz, salada, beterraba em conserva, farofa, mas só provava a comida. Ela tirava toda a gordura e não comia frituras, pois não lhe fazem bem. Mas, ela bebia. Ela tinha um estilo de pensamento e sistema próprio, e a disciplina era fundamental. Ela começava cada manhã com mamão e café com leite, sem manteiga, gordura ou geleia, e à noite, só comida leve. Ela também não guardava mágoas e aprendeu a perdoar.
Um Amor aos Animais e à Natureza
Margot era muito católica luterana e tinha ensinamentos que ainda segue até hoje. Ela rezava para que Deus a guiasse e a mantivesse nos eixos. Ela também amava os animais, principalmente cachorro, cavalo e coelho. E, apesar de ter perdido a visão por causa do glaucoma, ela achava que tinha mais foco agora.
Um Legado de Saúde e Equilíbrio
Margot era uma das voluntárias de uma pesquisa da USP e da operadora de saúde Hapvida NotreDame Intermédica que investigava as características biológicas e genéticas de centenários. Ela era uma das voluntárias deste estudo, que buscou entender o segredo dos idosos com mais de 100 anos.
Fonte: @ Veja Abril
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