Doomscrolling nas redes sociais pode ser prejudicial à saúde mental.
O funcionamento do cérebro é fundamental para entender como nos tornamos viciados em atividades como o ‘doomscrolling’. À medida que as redes sociais se consolidaram em nosso dia a dia, o ato de deslizar o dedo pela tela virou parte da rotina, influenciando diretamente o nosso cérebro. Isso ocorre porque o cérebro é capaz de criar associações entre ações e recompensas, tornando o ‘doomscrolling’ um hábito cada vez mais difícil de abandonar.
A mente humana é complexa e pode ser influenciada por vários fatores, incluindo a psicologia e o comportamento. O ‘doomscrolling’ é um exemplo claro de como o pensamento pode ser condicionado a buscar constantemente novas informações, mesmo que isso não seja saudável para o nosso cérebro. Além disso, o comportamento de rolar entre publicações por horas pode ser visto como um reflexo da nossa mente, que busca constantemente estímulos e recompensas. É importante entender que o ‘doomscrolling’ pode ter consequências negativas para a nossa saúde mental e é fundamental encontrar um equilíbrio saudável entre o uso das redes sociais e outras atividades. O controle do cérebro é essencial para evitar que o ‘doomscrolling’ se torne um hábito prejudicial. A conscientização sobre os efeitos do ‘doomscrolling’ no cérebro e na mente é o primeiro passo para mudar esse comportamento.
Entendendo o Cérebro
Quando nos encontramos navegando distraidamente entre postagens em redes sociais, frequentemente experimentamos uma sensação de desconforto, causada pelo tempo perdido, como se estivéssemos condenados a um ciclo vicioso. Mas, afinal, o que acontece exatamente em nossa mente e cérebro enquanto fazemos esse scrolling? É importante considerar que as plataformas são projetadas para gerar dependência e nos manter mais tempo navegando, utilizando a ciência por trás disso para influenciar nosso comportamento e pensamento. Segundo explicou Ariane Ling, da Universidade de Nova York Langone, em entrevista à BBC, os seres humanos são naturalmente curiosos sobre o que acontece ao seu redor, o que se manifesta de diversas formas, desde o interesse por notícias até a atenção que damos a acidentes de trânsito que presenciamos, tudo isso faz parte de nossas estratégias de sobrevivência, que são processadas em nosso cérebro.
Os celulares nos conectam a essa informação e, mais do que isso, nos oferecem um fluxo praticamente infinito de estímulos informativos, o que pode afetar nossa mente e cérebro de maneira significativa. Em outro artigo publicado pela BBC, Pamela Rutledge, diretora do Media Psychology Research Center, relaciona o doomscrolling ao medo frequentemente associado a esse tipo de conteúdo, o que pode influenciar nosso comportamento e pensamento, levando a um ciclo de navegar distraidamente. Segundo Rutledge, o ato de se perder no celular ‘reflete a necessidade compulsiva de buscar respostas quando estamos com medo’, o que é processado em nosso cérebro e pode afetar nossa mente.
O Papel do Cérebro
Existem fatores que influenciam o grau de envolvimento com esses hábitos em cada momento, e é importante entender como nosso cérebro processa essas informações. Em 2021, duas pesquisadoras da Cornell University e da Wharton School publicaram resultados de uma série de estudos com mais de 6 mil participantes, que investigaram como as pessoas se comportam em relação a vídeos musicais e tarefas específicas, o que pode nos dar insights sobre como nosso cérebro funciona quando estamos navegando distraidamente. Um dos experimentos consistiu em apresentar vídeos musicais aos participantes e, em seguida, perguntar se preferiam assistir a mais um vídeo ou começar uma tarefa específica, o que pode influenciar nosso pensamento e comportamento, e é processado em nosso cérebro.
Observou-se que aqueles que assistiram a apenas um vídeo estavam mais dispostos a realizar a tarefa do que os que foram expostos a cinco vídeos, o que sugere que nosso cérebro pode ser influenciado pela quantidade de estímulos que recebemos. Não apenas não se cansavam de assistir, como quanto mais vídeos viam, mais queriam continuar, o que pode ser relacionado à forma como nosso cérebro processa a informação e busca por prazer. O segundo estudo investigou a homogeneidade dos vídeos, e os resultados mostraram que os que acreditavam ter visto vídeos mais ‘homogêneos’ — mesmo que não fossem de fato — mostraram maior predisposição para continuar assistindo, o que pode ser relacionado à forma como nosso cérebro processa a informação e busca por padrões.
Compreendendo o Comportamento
No terceiro estudo, o foco foi a intensidade, e os resultados mostraram que os que assistiram aos vídeos sem interrupção demonstraram maior disposição para continuar, o que pode ser relacionado à forma como nosso cérebro processa a informação e busca por prazer. E o cérebro? Para entender o que acontece em nosso cérebro enquanto estamos grudados ao celular, é preciso analisar os centros neurais responsáveis pelas sensações de prazer, o que é fundamental para entender como nosso comportamento e pensamento são influenciados. Nesse aspecto, o ato de deslizar a tela (‘scrolling’) não difere muito do efeito de drogas ou outras dependências, o que pode ser relacionado à forma como nosso cérebro processa a informação e busca por prazer.
O modo como nosso cérebro nos ‘guia’ na busca por informações é por meio do sistema de recompensas, que é fundamental para entender como nosso comportamento e pensamento são influenciados. Um dos elementos-chave desse sistema é a dopamina, que é liberada pelos nossos neurônios quando estamos diante do celular, proporcionando a sensação de prazer, o que pode influenciar nosso comportamento e pensamento, levando a um ciclo de navegar distraidamente. Essa substância é liberada pelos nossos neurônios quando estamos diante do celular, proporcionando a sensação de prazer, o que pode ser relacionado à forma como nosso cérebro processa a informação e busca por prazer, e é fundamental para entender como nosso comportamento e pensamento são influenciados pela psicologia e pelo comportamento humano.
Fonte: @ Minha Vida
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