Moeda norte-americana caiu R$ 0,022, atingindo sua maior sequência de quedas desde o Plano Real, influenciada pela desaceleração do mercado de trabalho e Faixa de Gaza.
Na quarta-feira, 5, o dólar brusco ascenso superou a barreira dos R$ 5,80, marcando o fim de uma sequência de 12 quedas, registrada como a maior desde a criação do Plano Real. Essa alta se deve às tensões envolvendo o conflito comercial entre os Estados Unidos e a China, e também pelas declarações do presidente americano Donald Trump, que afirma que os EUA devem tomar o controle da Faixa de Gaza.
Segundo especialistas, a decisão do presidente americano não forneceu nenhuma informação específica sobre como o país planeja adotar o controle da Faixa de Gaza, mas as declarações desencadearam uma reação no mercado e o dólar reagiu positivamente à declaração do presidente americano. O mercado financeiro internacional percebeu a tensão crescente entre os EUA e a China e o dólar reagiu à questão política, com a cotação aumentando.
Dólar segue em queda na quarta-feira
O dólar encerrou a terça-feira em R$ 5,77, registrando queda de R$ 0,022 (-0,76%) em relação ao cotação anterior. Essa queda ocorreu após a divulgação de dados fracos da economia norte-americana, o que impactou negativamente no mercado e fez com que a moeda norte-americana caísse em todo o mundo. A maior sequência de quedas diárias do dólar desde o Plano Real foi acumulada, com uma queda total de 6,59% em 2025.
A queda do dólar foi ainda mais intensa devido à desaceleração do mercado de trabalho nos Estados Unidos, onde o número de vagas de trabalho abertas caiu em 556 mil em janeiro. Essa desaceleração aumenta as chances de que o Federal Reserve (Fed, Banco Central norte-americano) corte os juros mais que o previsto. Dólar tem queda em todo o planeta.
Taxas mais baixas em economias avançadas estimulam a entrada de capitais em países emergentes, como o Brasil. O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, reiterou que o Brasil vai taxar os produtos dos Estados Unidos se o país taxa os produtos brasileiros. ‘É lógico. É o mínimo de decência um governo utilizar a reciprocidade’, afirmou Lula em entrevista.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou retaliações à China após a elevação de tarifas pelo governo norte-americano. A Organização Mundial do Comércio permite a taxação de até 35% para qualquer produto. O Brasil vai usar a reciprocidade para taxar os produtos dos EUA se eles taxarem os produtos brasileiros.
Fonte: @ Mercado e Consumo
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