Faculdades de medicina se multiplicam no setor privado.
A medicina no Brasil tem passado por uma grande expansão nos últimos anos, com a quantidade de faculdades de medicina quintuplicando desde 1990. Isso se deve, em grande parte, à expansão do setor privado, que tem investido pesadamente na medicina. Com a crescente demanda por profissionais de saúde, a medicina se tornou uma área de grande interesse para muitos jovens que buscam uma carreira estável e gratificante.
O programa Mais Médicos, lançado em 2013, teve um papel fundamental na expansão da medicina no Brasil, incentivando a abertura de vagas em instituições de ensino de medicina. Isso não apenas estimulou o setor privado, mas também contribuiu para a melhoria da saúde pública no país. Além disso, a educação em medicina também foi beneficiada, com a criação de novos cursos e programas que visam melhorar a formação dos profissionais de medicina. Com a medicina em constante evolução, é fundamental que haja um ensino de qualidade para garantir que os profissionais estejam preparados para atender às necessidades da população em termos de saúde. A medicina é um campo em constante mudança e a educação é fundamental para o sucesso.
Introdução à Medicina
A alta demanda por vagas em faculdades privadas de medicina levou a mensalidades de até R$ 10 mil, movimentando cerca de R$ 26,4 bilhões por ano. A expansão na rede privada no setor de medicina foi uma realidade nos últimos anos ao redor do mundo, ainda que em ritmo reduzido. Especialistas apontam a necessidade de maior verificação na qualidade do ensino de medicina e de critérios mais rigorosos para a aprovação de faculdades de medicina. A crítica de que a medicina se tornou um ‘negócio’ é antiga, mas a grande expansão de cursos da área no Brasil nos últimos anos tem gerado preocupação entre especialistas e reguladores, que temem que a qualidade do ensino de medicina possa ser comprometida. Desde 1990, a quantidade de faculdades de medicina no país quintuplicou, grande parte dessa ampliação ocorre no setor privado, o que afeta a saúde e a educação.
Expansão do Ensino de Medicina
Atualmente, há 390 faculdades de medicina no Brasil, com mais de 80% do ensino na área sendo privado, o que gera uma grande demanda por vagas nos cursos de medicina, avaliadas em milhões diante das altas mensalidades. Em 2013, buscando ampliar a proporção de profissionais de saúde na população, o governo federal lançou o programa Mais Médicos, que tinha como um dos componentes incentivos para a abertura de vagas em instituições de ensino de medicina, o que estimulou ainda mais o setor de medicina. A forte concorrência para o ingresso nas faculdades públicas fez com que a demanda por vagas nas faculdades privadas de medicina fosse significativa, afetando a saúde e a educação. Atualmente, 175 mil estudantes estão matriculados em cursos particulares de medicina, que movimentam cerca de R$ 26,4 bilhões por ano, o equivalente a 40% do mercado de ensino superior, o que é um grande desafio para a saúde e a educação.
Impacto no Mercado de Ensino
Em relatório a clientes, os analistas do BTG Pactual Samuel Alves, Yan Cesquim e Marcel Zambello apontam que, historicamente, cada vaga aberta nestes cursos de medicina esteve avaliada entre R$ 2 e 3 milhões para o mercado, com a média das mensalidades cobradas dos alunos em R$ 10 mil. A mensalidade de medicina de R$ 15 mil é um exemplo disso, o que levou o ministro a querer regulação contra abusos. As somas abriram espaço para o surgimento e a expansão de gigantes do setor como Ânima, YDUQS e Afya, que são instituições de ensino de medicina. A última, criada no Tocantins em 1997, abriu capital na bolsa nova-iorquina Nasdaq em 2019, e, desde então, fez aportes bilionários, o que é um grande investimento na saúde e na educação. Nos três anos seguintes, a companhia, hoje controlada pelo grupo alemão Bertelsmann, investiu R$ 3,2 bilhões na compra de dez faculdades de medicina, se consolidando como a maior do Brasil no ramo de medicina, o que é um grande desafio para a saúde e a educação.
Conclusão sobre a Medicina
Enquanto outras áreas sofreram nos últimos anos com uma queda na demanda por cursos superiores, a medicina se manteve com forte procura, o que é um grande desafio para a saúde e a educação. Na visão de Bruno Luciano de Oliveira, pesquisador da Universidade Federal do Maranhão (UFMA) e autor de uma série de estudos no tema, o status conferido pelo curso de medicina, um mercado de trabalho menos competitivo e a maior possibilidade de escolher seus rendimentos após a formação, ajudam a explicar o apelo da medicina. A restrição e judicialização do ensino de medicina também são um grande desafio para a saúde e a educação. Em 2018, o Ministério da Educação (MEC) suspendeu a publicação de novos editais para criação de cursos de medicina durante cinco anos e o pedido de aumento de vagas em cursos já existentes, argumentando que a qualidade do ensino de medicina é fundamental para a saúde e a educação.
Fonte: © G1 – Globo Mundo
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