Imposto seletivo pode ser aplicado a produtos capazes de ser prejudiciais à saúde e ao meio ambiente, incluindo refrigerantes e outras bebidas açucaradas, calorias vazias, conforme a Organização Mundial de Saúde.
A discussão sobre a reforma tributária no Brasil está trazendo à tona questões relacionadas à carga tributária, especialmente em relação ao consumo de alguns produtos considerados não essenciais. Dentre os principais pontos em debate, está o chamado ‘imposto do pecado’, que visa taxar itens como cigarro e bebidas alcoólicas, mas também serviços como jogos de apostas virtuais. A ideia é que esse imposto ajude a reduzir o consumo desses produtos e serviços, gerando receita para o governo.
Um dos principais argumentos em favor do ‘imposto do pecado’ é que ele poderia servir como um mecanismo para reduzir o consumo de itens considerados prejudiciais à saúde, como cigarro e bebidas açucaradas. Além disso, a taxação de jogos de apostas virtuais poderia ajudar a combater o problema do jogo patológico. No entanto, há também preocupações com a possibilidade de impacto negativo na refeição de produtos essenciais, como alimentos e outros produtos, e na indústria de bebidas não açucaradas, como refrigerantes.
Consequências do Consumo Excessivo de Bebidas Açúcaradas na Saúde
O Senado Federal, em 12 de abril, aprovou a reforma, excluindo as bebidas açucaradas do imposto seletivo, que visa produtos prejudiciais à saúde e ao meio ambiente. Essa exclusão foi criticada por organizações da sociedade civil, como o Conselho Federal de Nutrição, que argumenta que o alto consumo dessas bebidas está relacionado ao aumento do risco de obesidade e diabetes tipo 2.
O relator do projeto de regulamentação da reforma, Reginaldo Lopes, incluiu novamente refrigerantes e afins no ‘imposto do pecado’ em 17 de abril. O principal problema com essas bebidas é a quantidade excessiva de açúcar que fornecem, dificilmente oferecendo nutrientes essenciais à saúde e sendo consideradas fontes de ‘calorias vazias’.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda que o limite de açúcar diário não ultrapasse 10% das calorias, o que corresponde a 50 gramas por dia em uma dieta padrão de 2 000 calorias. No entanto, uma única lata de refrigerante pode facilmente ultrapassar esse valor.
Um estudo foi realizado para investigar o teor de açúcar em 17 refrigerantes tradicionais à venda no país. O ranking de doçura foi montado com base em uma lata padrão de 350 ml.
Ranking de Doçura de Refrigerantes
1. Guaraná Jesus: 42 g
2. Coca-Cola /Schweppes /Fanta Maracujá: 37 g
3. Sprite Original: 36 g
4. Fanta Laranja /Sprite Sabor Limão /Fanta Guaraná: 35 g
5. Dolly Guaraná: 34 g
6. Guaraná Antártica: 26 g
7. Itubaína: 25 g
8. Pepsi Cola: 24,15 g*
9. Guaraná Kuat: 23 g
10. Sukita Uva e Maçã: 21 g
11. Sukita Laranja: 17 g /Soda Limonada: 17 g
12. Fanta Uva: 19,95 g*
Os refrigerantes que foram acrescentados com edulcorantes artificiais na fórmula padrão podem reduzir o açúcar sem alterar tanto o sabor.
Fonte: @ Veja Abril
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