Política de Trump gera insegurança e energia negativa nas universidades.
Formado na área de Ciências Sociais, Josué M. mudou-se para os Estados Unidos para fazer um doutorado numa prestigiada universidade do centro-oeste americano, onde pesquisadores renomados desenvolvem estudos inovadores. Nessa instituição, pesquisadores experientes compartilham conhecimentos e habilidades com os alunos, preparando-os para se tornarem líderes em suas áreas de atuação.
Além de se destacar como um dos principais centros de estudo, a universidade também é conhecida por abrigar cientistas, acadêmicos e estudiosos que trabalham em estreita colaboração com investigadores e pesquisadores para desenvolver soluções inovadoras para problemas complexos. Com metodologias avançadas e tecnologias de ponta, esses profissionais estão sempre à frente na busca por conhecimento e descobertas. A colaboração entre esses grupos é fundamental para o avanço da ciência e a inovação.
Impacto da Política de Trump nos Pesquisadores
Os pesquisadores brasileiros que trabalham nos Estados Unidos estão enfrentando um período de grande incerteza e medo, devido às políticas de incentivo à pesquisa acadêmica e de financiamento das universidades implementadas pelo governo Trump. Os cientistas, acadêmicos, estudiosos e investigadores estão convivendo diariamente com uma energia negativa que paira sobre as cidades universitárias, e estão num ambiente cheio de incertezas sobre o futuro. Eles gostariam de ter informações concretas, mesmo que fossem notícias ruins, para saber se terão salário no próximo ano ou se serão deportados. Os pesquisadores estão preocupados com a possibilidade de represálias ou de uma revogação do visto americano em razão de eventuais críticas ou opiniões em relação às políticas de educação superior implementadas nos últimos meses pelo governo Trump.
Reações dos Pesquisadores
Os pesquisadores brasileiros que trabalham nos Estados Unidos estão reagindo de diferentes maneiras às políticas de Trump. Alguns, como Josué M., aceitaram compartilhar um relato para esta reportagem, enquanto outros declinaram o convite para a entrevista, citando o risco de represálias ou de uma revogação do visto americano. Os cientistas, acadêmicos, estudiosos e investigadores estão preocupados com a possibilidade de perder seus empregos estáveis como docentes e estão temerosos de discutir publicamente sobre o assunto. Mesmo entre os pesquisadores que aceitaram falar, houve um pedido unânime: todos não quiseram ter seus nomes, cargos ou vínculos com universidades e centros de estudos identificados ao longo do texto. Os pesquisadores estão buscando manter um perfil baixo e evitar qualquer tipo de controvérsia que possa afetar suas carreiras.
Cortes Profundos no Financiamento
As fontes ouvidas pela BBC News Brasil dizem que a mudança mais visível está relacionada aos cortes em orçamentos e no financiamento de bolsas ou projetos de pesquisa a partir de janeiro de 2025. Os pesquisadores, cientistas, acadêmicos, estudiosos e investigadores estão enfrentando uma redução significativa nos recursos disponíveis para suas pesquisas. Só para os Institutos Nacionais de Saúde (NIH), há uma proposta de reduzir o orçamento em 40% a partir de 2026. Recentemente, Harvard também foi impactada com o congelamento de US$ 2,3 bilhões em fundos do Departamento de Educação, após a recusa da universidade de cumprir com as exigências do governo Trump. Os pesquisadores estão preocupados com o impacto que esses cortes terão em suas carreiras e em suas pesquisas, e estão buscando alternativas para manter suas atividades de pesquisa.
Fonte: © G1 – Globo Mundo
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