Taxa Selic alta, mas mercado imobiliário otimista com desemprego caiu.
O mercado imobiliário brasileiro tem sido influenciado por vários fatores econômicos, incluindo a taxa de juros e a renda da população. De acordo com Renato Lomonaco, diretor de assuntos econômicos e administrativos da Abrainc, um mercado imobiliário saudável é caracterizado por emprego, renda e juros baixos. No entanto, com a taxa Selic estabilizada em 14,25% ao ano, o Brasil não é hoje um exemplo para o mundo em termos de mercado imobiliário.
Apesar disso, o setor imobiliário apresenta um otimismo sustentado por outros fatores, como a demanda por imóveis e a oferta de crédito. O segmento imobiliário também tem sido impulsionado por investimentos em infraestrutura e urbanização. Além disso, a indústria imobiliária tem se adaptado às mudanças no mercado imobiliário, oferecendo soluções inovadoras e produtos imobiliários mais acessíveis. É fundamental entender as tendências do mercado imobiliário para tomar decisões informadas. O futuro do mercado imobiliário brasileiro depende da capacidade de se adaptar às mudanças econômicas e de oferecer opções imobiliárias atraentes para os consumidores.
Confiante no Mercado Imobiliário
Um estudo recente da Sienge revela que 76% dos empresários do segmento imobiliário pretendem realizar novos investimentos em 2025, impulsionados por fatores macroeconômicos positivos, como os bons números de exportação, o crescimento da bolsa brasileira em relação à norte-americana e a diminuição do desemprego, que atingiu sua menor taxa trimestral desde 2012. O desemprego caiu quase pela metade desde 2021, o que é um critério importante para as vendas no mercado imobiliário. Quando a economia brasileira está bem, o setor imobiliário tende a se beneficiar, pois a construção é um dos principais motores da economia. Já quando a economia vai mal, o mercado imobiliário sofre mais, devido à sua sensibilidade às flutuações econômicas. Além disso, a resiliência do próprio setor imobiliário também é um fator importante, pois ele tem demonstrado capacidade de se adaptar às mudanças econômicas.
Análise do Setor Imobiliário
Desde março de 2023, os imóveis valorizaram 10,7%, de acordo com o Índice Geral do Mercado Imobiliário Residencial (IGMI-R), enquanto os custos de construção subiram 7,3%, segundo o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC). O custo do aluguel também cresce acima da inflação, o que beneficia os investidores interessados na renda da locação. De fato, o aluguel registrou alta de 63,6% desde 2020, enquanto a inflação subiu 33,5% no mesmo período. A valorização dos imóveis é atrativa para os compradores e o avanço no preço do aluguel expulsa os locatários, o que contribui para a demanda crescente por imóveis no Brasil. O mercado imobiliário está em uma posição favorável, com uma combinação de fatores que o tornam atraente para os investidores. A indústria imobiliária também se beneficia desse cenário, pois a demanda por imóveis aumenta e os preços tendem a subir.
Desafios do Mercado Imobiliário
No entanto, o maior desafio do setor imobiliário é a taxa Selic, que influencia diretamente os juros baixos e a capacidade de financiamento dos compradores. Se a gente tivesse juros mais baixos, a emissão de CRIs seria maior, o que beneficiaria o mercado imobiliário. No entanto, se a empresa conseguir administrar bem este desafio, consegue aproveitar melhor o setor. Fabrício Schveitzer, conselheiro de negócios do Sienge, entende que o desafio dos juros é mais significativo para a classe média, que é composta de assalariados e sofre bastante com o impacto dos juros, que é brutal sobre as parcelas. Além disso, a alta renda é imune aos juros altos e a baixa renda conta com subsídios, como os do Minha Casa, Minha Vida. O segmento imobiliário precisa encontrar maneiras de lidar com esses desafios e continuar a atrair investidores. O mercado imobiliário é um setor complexo e dinâmico, que requer uma análise cuidadosa dos fatores que o influenciam, incluindo a taxa Selic, os juros baixos, o desemprego caiu, os custos de construção e o crescimento da bolsa.
Fonte: © Estadão Imóveis
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