A desigualdade social cresce enquanto a taxa populacional diminui. As pessoas sem filhos têm mais tempo e condições materiais para si, pois a crise familiar não afeta tanto a vida plena.
Um dos principais desafios enfrentados pela humanidade no século XXI é o declínio da natalidade. Este fenômeno extremamente preocupante é marcado por uma taxa de natalidade em constante queda. Essa diminuição não se limita a apenas um grupo específico da população, atendo-se a todas as faixas etárias.
Para entender o que está por trás dessa queda, é fundamental considerar as mudanças nos padrões sociais e econômicos. A taxa de natalidade não é mais o centro das discussões. Hoje em dia, o que tem mais destaque é o natalismo, um movimento que busca mudar essa percepção das pessoas em relação à maternidade e à paternidade. Os defensores do natalismo argumentam que a queda na natalidade é um sinal de crise social, na qual as pessoas estão perdendo o interesse em ter filhos. Mas, será que as pessoas estão realmente perdendo o interesse? A percepção de que a queda na natalidade seja resultado de uma perda de interesse em ter filhos é radicalmente diferente da realidade das causas profundas por trás da seleção demográfica.
Crise de Natalidade: Uma Questão de Visão do Mundo
Nos últimos anos, a taxa de natalidade vem caindo em muitos países, incluindo os Estados Unidos. De acordo com os dados do Pew Research Center, a proporção de adultos com menos de 50 anos que afirmam ter pouca probabilidade de ter filhos aumentou 10 pontos percentuais entre 2018 e 2023, chegando a 47%. Mais de metade deles (57%) afirma que é improvável porque simplesmente não querem tê-los. Essa é uma mudança profunda, pois entre aqueles com mais de 50 anos sem filhos, apenas 32% dizem que não queriam tê-los.
A crise de natalidade é um problema complexo, com várias razões subjacentes. Uma das principais razões é a desigualdade social, que afeta as condições materiais das pessoas e as torna menos capazes de ter filhos. Além disso, a taxa populacional está em declínio, o que pode levar a uma crise demográfica em longo prazo. A vida familiar também está mudando, com mais pessoas optando por não ter filhos ou adiando a decisão de ter filhos.
A crise de natalidade também é influenciada pela percepção da vida plena. Muitas pessoas acreditam que a vida plena não tem muito a ver com ter ou não filhos. A crise de natalidade é um reflexo da crise de valores e da perda de significado na vida contemporânea. A proibição de mulheres com mais de 25 anos de se casarem no Japão é uma ideia distópica que reflete essa crise.
A China acredita ter a resposta para reativar as taxas de natalidade: financiar partos sem dor. Essa abordagem pode ser vista como uma tentativa de resolver o problema da natalidade, mas é importante considerar as causas subjacentes da crise de natalidade. A natalidade é um problema complexo que requer uma abordagem multifacetada.
A crise de natalidade é um problema que afeta a sociedade como um todo. É importante discutir as causas subjacentes e encontrar soluções para reativar as taxas de natalidade. Isso requer uma compreensão profunda da desigualdade social, das condições materiais e da percepção da vida plena.
Fonte: @ Minha Vida
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