Premiação da Capes divide ganhadores em ciências exatas, médicas e humanas, com indicadores de citações ponderadas.
Em cerimônia realizada em Brasília, o Ministério da Educação (MEC) e a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) homenagearam pesquisadoras que se destacam por suas contribuições na área da ciência. Neste ano, o Prêmio Mulheres na Ciência premiou 15 mulheres, com três representantes de cada região do país.
Entre as mulheres homenageadas, destaca-se a pesquisadora Maria da Graça Carneiro, que recebeu o prêmio em 2019. Sua dedicação à equidade de gênero na ciência e sua trajetória de sucesso inspiraram muitas mulheres a seguir carreira na área. O prêmio visa reconhecer e celebrar as trabalhos e contribuições das mulheres em ciência e tecnologia, buscando promover a equidade de gênero na área e motivar mais mulheres a se envolverem na ciência. A pesquisadora homenageada em 2019, Maria da Graça Carneiro, também foi fundamental para a promoção da equidade de gênero na ciência.
Um Olhar para a Produção Científica Feminina
No cenário das ciências exatas, médicas e humanas, há um número significativo de pesquisadoras. Cinco mulheres estão à frente de cada uma dessas áreas, levando a cabo projetos de pesquisa de impacto. Elas são o espelho de uma sociedade em busca de equidade de gênero na ciência, onde a produção científica feminina é alavancada para revelar sua riqueza. Para selecionar as vencedoras, foi utilizado o Indicador de Citações Ponderadas por Disciplina, que analisa o impacto de um trabalho em relação a outros trabalhos do mesmo tipo, disciplina e ano de publicação. Além disso, o número mínimo de cinco publicações na disciplina indicada de 2019 a 2023 foi levado em consideração. Essa abordagem permite avaliar a produção científica feminina de forma mais precisa.
Um Passo em Direção à Equidade de Gênero
A solenidade também serviu para a apresentação do relatório Progress Toward Gender Equality in Research & Innovation – 2024, uma publicação da Elsevier. Esse relatório mostra o destaque do Brasil em relação à maioria dos países no equilíbrio entre homens e mulheres. De acordo com o ministro de Estado da Educação, Camilo Santana, o Brasil é o terceiro país com maior presença feminina na ciência, atrás apenas de Argentina e Portugal. As mulheres hoje representam 49% das pesquisadoras, um salto significativo em relação a 2002, quando eram 38%. Esses dados são referentes a 2022 e mostram um avanço nos últimos anos. No mundo, a participação feminina é de 41%, um crescimento significativo desde 2002, quando era de 21%. Apesar disso, a disparidade ainda é evidente entre pesquisadores mais experientes e os em início de carreira.
Um Olhar para as Mulheres que Fizeram História
A presidente da Capes, Denise Carvalho, destacou as mulheres homenageadas no cartaz da premiação. Bertha Lutz, uma bióloga e feminista, liderou o processo que levou as mulheres brasileiras ao direito ao voto, em 1932. Além disso, Elisa Frota Pessôa, uma cientista, é um exemplo de que as mulheres são silenciadas, apesar de contribuírem muito para a ciência. Maria José von Paumgartten Deane, uma médica, destacou-se pelo trabalho com doenças tropicais, enquanto Graziela Maciel Barroso, uma botânica, foi a primeira mulher naturalista do Jardim Botânico do Rio de Janeiro e a primeira professora de botânica da Universidade de Brasília (UnB). Essa cientista não pôde estudar durante muitos anos, mas se doutorou aos 60 anos, mostrando que não há idade para iniciarmos os estudos e atingir o nível de excelência.
A Criação do Prêmio Mulheres e Ciência
Em paralelo à premiação, o governo federal criou o Prêmio Mulheres e Ciência. Essa ação foi citada pela secretária nacional de Articulação Institucional, Ações Temáticas e Participação Política, mostrando o compromisso do governo em valorizar a contribuição das mulheres na ciência e em promover a equidade de gênero.
Fonte: © MEC GOV.br
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