Ex-jogador, embaixador do COB em Paris, foi assaltado, passou seis horas na delegacia e investiu pessoal em hotel. Ficamos em lugar perigoso de grande valor sentimental de lá.
Alguns meses após ser alvo de um assalto em Paris, na véspera da cerimônia de abertura das Olimpíadas, o ex-jogador Zico emitiu uma crítica à postura do Comitê Olímpico do Brasil (COB) durante a investigação do caso, que envolveu roubos em suas residências.
A conduta do COB foi amplamente debatida, com muitos questionando a eficácia da equipe em lidar com a situação. Além disso, a falta de transparência na investigação foi vista como um dos principais problemas, a par do ocorrido que foi assalto, que trouxe um clima de insegurança entre os atletas, que buscavam se divertir em um jogo de alto nível esportivo, que se estende por períodos.
Um assalto durante os Jogos
Em entrevista ao programa Redação Sportv, o ídolo rubro-negro Zico revelou que o assalto durante os Jogos Olímpicos foi um golpe do destino – Ao trocar de hotel, coloquei as malas no carro, alguma pessoa veio na frente e começou a falar com o motorista, e o motorista não entendia nada de francês. Eu entendia alguma coisa, ele estava dizendo que o carro estava mal estacionado. E não estava, ele estava tirando nossa atenção. Aí, com as malas no carro, outro cara veio atrás, abriu, levantou e tirou a mala de mão da Sandra. Foi questão de dois minutos, lamentou.
Fiquei muito agradecido pelo convite, a homenagem, mas às vezes você está preparado para uma coisa e acontece outra (…)- deixou claro. Fiquei muito chateado porque até hoje ninguém do COB, nem presidente, pessoal de lá, veio falar comigo. Não deram uma ligação para saber e tal, isso é chato. Responsabilidade muito grande que eles tiveram. Não teve ninguém (dos padrinhos) que ficou no hotel, todo mundo saiu do hotel (por conta da segurança). O outro hotel fui eu que custeei – ressaltou.
Zico foi anunciado como Embaixador do Time Brasil em fevereiro. A ideia do COB era ter nesse posto um ídolo do esporte brasileiro que nunca tinha disputado os Jogos Olímpicos. Ele participou do Pré-Olímpico dos Jogos de Munique em 1972, mas não foi convocado.
O ex-jogador criticou o hotel em que os homenageados ficaram e narrou o assalto: Houve um erro do local que foi colocado os embaixadores e padrinhos. Local que, ao meu ver, não tinha nada a ver. Era um lugar perigoso, senti falta de segurança. Não tinha nenhuma segurança. O carro que levou a gente era alugado, não tinha passagem (credencial) para outros lugares. Pessoas inexperientes, eram garotos, jovens, dirigindo. Então eu tive que trocar de hotel, porque ali não tinha segurança.
O ídolo rubro-negro contou que até hoje o caso ainda não foi encerrado. Zico lamentou o roubo da mala da esposa, que carregava pertences de grande valor afetivo. As coisas dela estavam ali, eram coisas valiosas, valiosas de sentimental, de presentes que eu tinha dado em datas importantes. E isso acaba contigo, estragou a experiência dos jogos. Fiquei seis horas nas delegacias, fui em duas delegacias, veio um advogado do COB para dar uma força. Estão ainda vendo, parece que prenderam os dois caras, e a gente está na luta – disse.
O ge entrou em contato com o COB, mas ainda não recebeu um retorno sobre o caso.
Fonte: © GE – Globo Esportes
Comentários sobre este artigo