Fazer menos para preservar bem-estar mental e vida pessoal.
O conceito de quiet quitting tem sido amplamente discutido nas últimas semanas, especialmente após um vídeo sobre o assunto ter viralizado nas redes sociais. A ideia por trás desse movimento é estabelecer limites no trabalho e não fazer mais do que está combinado no contrato, o que pode ser visto como uma forma de demissão silenciosa. Isso significa que os funcionários devem se concentrar em realizar apenas as tarefas que são necessárias para cumprir com suas responsabilidades, sem se esforçar excessivamente ou fazer mais do que o necessário.
A demissão silenciosa é um termo que tem sido usado para descrever a prática de quiet quitting, que envolve fazer o mínimo necessário para manter o emprego, sem se comprometer excessivamente com a empresa. Isso pode incluir não trabalhar além do horário normal, não verificar e-mails ou mensagens de trabalho fora do horário de trabalho e não se envolver em projetos ou tarefas que não sejam essenciais. Fazer o mínimo é uma estratégia que pode ser adotada por aqueles que buscam melhorar sua qualidade de vida e reduzir o estresse relacionado ao trabalho. Além disso, quiet quitting também pode ser visto como uma forma de redefinir prioridades, onde os funcionários podem se concentrar em suas próprias necessidades e objetivos, em vez de se esforçar excessivamente para atender às expectativas da empresa. Estabelecer limites é fundamental para manter a saúde mental e física, e quiet quitting pode ser uma forma de alcançar esse equilíbrio.
Introdução ao Quiet Quitting
O conceito de quiet quitting não defende que as pessoas trabalhem pouco até serem demitidas, mas sim um movimento que vai na contramão do ideal de ‘fazer mais do que o esperado’ presente no cotidiano de muitas empresas. A proposta por trás do quiet quitting é priorizar o bem-estar mental no trabalho, evitando que os trabalhadores se estressem por pressão para cumprir tarefas ou deixem a vida pessoal de lado em prol de horas extras. Isso inclui a demissão silenciosa, onde os funcionários podem se sentir pressionados a fazer mais do que o esperado, levando a um estresse excessivo. O quiet quitting busca estabelecer limites bem definidos entre vida profissional e pessoal, assim como o que será feito ou não na rotina de trabalho, evitando a necessidade de fazer o mínimo.
O quiet quitting é um movimento que já virou tendência nos Estados Unidos, com pelo menos 50% da força de trabalho estadunidense sendo considerada quiet quitters, de acordo com a Gallup, empresa de pesquisa de opinião. Mas será que essa prática é realmente benéfica para a saúde mental? A resposta é sim, segundo Cristiane Santos, psicóloga do Núcleo de Atendimento Psicológico e Psicopedagógico da Faculdade Santa Marcelina. O que não é saudável é esperar que as pessoas trabalhem além do esperado, porque isso pode desencadear em uma pressão velada, já que o funcionário vai se sentir na obrigação de fazer mais o tempo inteiro, levando a uma demissão silenciosa.
Benefícios do Quiet Quitting
A psicóloga explica que sempre foi e sempre será comum que algumas pessoas façam mais do que lhes é pedido no trabalho, por motivos como ambição, perfeccionismo ou, até mesmo, por prazer. Porém, isso pode se tornar um problema quando a empresa passa a valorizar apenas esse tipo de funcionário e espera que todos os outros sejam assim, levando a uma situação de fazer o mínimo. Nesse caso, a empresa pode se tornar vulnerável, porque ela vai depender da boa vontade dos funcionários. Além disso, essa expectativa nem sempre é comunicada aos empregados, então gera um problema muito grande: a empresa vai esperar do funcionário uma atitude que ele não necessariamente terá e isso pode afetar a produtividade e a qualidade da empresa, levando a uma demissão silenciosa.
Como consequência, o trabalhador passa a realizar suas tarefas sob pressão, o que gera estresse, fadiga mental e, em casos mais graves, pode evoluir para uma síndrome de burnout. O quiet quitting busca evitar isso, estabelecendo limites claros e definidos entre vida profissional e pessoal, e priorizando o bem-estar mental no trabalho. É exatamente aí que entra o quiet quitting com a sua proposta de realizar apenas aquilo que é acordado no momento da contratação, sem mais, nem menos, evitando a necessidade de fazer o mínimo. A ansiedade vai diminuir, haverá uma maior organização do trabalho e as relações entre líder e empregado vão entrando em um equilíbrio, reduzindo a possibilidade de demissão silenciosa.
Conclusão
O quiet quitting é um movimento que busca priorizar o bem-estar mental no trabalho, evitando que os trabalhadores se estressem por pressão para cumprir tarefas ou deixem a vida pessoal de lado em prol de horas extras. Isso inclui a demissão silenciosa e a necessidade de fazer o mínimo, que podem levar a um estresse excessivo e afetar a produtividade e a qualidade da empresa. O quiet quitting busca estabelecer limites claros e definidos entre vida profissional e pessoal, e priorizar o bem-estar mental no trabalho, reduzindo a possibilidade de demissão silenciosa e melhorando a qualidade de vida dos trabalhadores. Além disso, o quiet quitting pode ajudar a prevenir a síndrome de burnout, que é uma doença que pode afetar a saúde mental e física dos trabalhadores. Portanto, o quiet quitting é uma prática que pode ser benéfica para a saúde mental e a qualidade de vida dos trabalhadores, e deve ser considerada pelas empresas como uma forma de melhorar a produtividade e a qualidade do trabalho.
Fonte: @ Minha Vida
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