Orientações médicas assinadas por profissionais brasileiros ajudam a entender a doença do refluxo gastroesofágico e doenças inflamatórias intestinais. Novos medicamentos, como agonistas, podem ajudar a controlar a motilidade gástrica e levar a perdas de peso mais expressivas.
A obesidade é uma das principais causas de morte na sociedade contemporânea, e o Brasil não foge a essa regra. O país enfrenta um grande desafio em relação ao controle e combate à obesidade, doença que afeta milhões de pessoas e acaba levando a várias complicações de saúde.
Além disso, a obesidade também é um fator de risco para doenças cardíacas, diabetes e hipertensão, entre outras comorbidades que podem afetar a qualidade de vida das pessoas. É fundamental adotar hábitos saudáveis, como uma dieta equilibrada e exercícios regulares, para evitar ou controlar a obesidade e prevenir essas complicações de saúde.
Desafios enfrentados pela obesidade no Brasil
Apesar dos avanços médicos, a obesidade ainda é um problema grave no país, com 56% dos adultos brasileiros fora do peso adequado, de acordo com dados do Programa de Alimentação, Nutrição e Cultura (Palin) da Fiocruz Brasília (DF). Isso significa que 34% da população é obesa e 22% têm sobrepeso. No entanto, a tendência é que a obesidade e as comorbidades associadas venham a mudar significativamente com o desenvolvimento de novos medicamentos e tratamentos.
Revolução no tratamento da diabetes e obesidade
O desenvolvimento de medicamentos chamados agonistas do receptor de peptídeo 1 semelhante ao glucagon (GLP-1) está mudando radicalmente o tratamento da diabetes e obesidade. Com a apresentação de novas pesquisas e moléculas, os tratamentos tendem a oferecer resultados mais duradouros no combate à obesidade. Inicialmente, os estudos foram realizados com pacientes com diabetes tipo 2, mas a eficácia no controle glicêmico e na redução do peso levou a testes em pacientes obesos sem diabetes, expandindo assim a indicação desses tratamentos.
Novas opções de tratamento
Recentemente, um novo estudo publicado na revista médica The New England Journal of Medicine mostrou que a retatrutida, uma molécula agonista triplo do receptor GIP-GLP-1-GCG, resultou em uma redução média de peso de 24,2% após 48 semanas em pacientes obesos. Esse resultado é equivalente aos conquistados com cirurgia bariátrica. Além disso, a retatrutida mostrou-se eficaz em reduzir o peso em mais de 9 de cada 10 participantes, com quase dois terços perdendo 20% ou mais de peso e metade perdeu 25% ou mais. A eficácia dessa medicação é incomumente alta em comparação com outros agentes anti-obesidade.
Precauções com a retatrutida
Embora a retatrutida não tenha registro de contraindicação, é importante ter atenção ao prescrevê-la a pacientes com distúrbios gastrointestinais prévios, como doença do refluxo gastroesofágico, problemas de motilidade gástrica, constipação, diarreia e doenças inflamatórias intestinais. Isso visa evitar complicações ao utilizar essa medicação.
Novos desafios no tratamento da obesidade
Com o advento de terapias direcionadas aos agonistas de GLP-1, é hora de repensar a abordagem para tratar a obesidade. A obesidade é uma doença complexa que envolve fatores genéticos, hormonais e ambientais, e o tratamento deve ser personalizado para cada paciente. Os medicamentos como a retatrutida são apenas uma parte da solução e devem ser combinados com mudanças nos hábitos de vida, como alimentação saudável e exercícios regulares, para alcançar resultados duradouros.
Fonte: @ Veja Abril
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