Evite complicações como trombose e embolia pulmonar ao manter a circulação sanguínea ativa, especialmente se faz uso de anticoncepcionais com estrogênio de terceira geração. Use meias de compressão e fique atento aos fatores de risco.
Recentemente, houve um trágico incidente envolvendo uma fisioterapeuta brasileira, Flávia Rezende, de 45 anos, que faleceu durante um dos seus voos longos para o Japão. A notícia foi divulgada pelo Conselho Regional de Fisioterapia Ocupacional (Crefito-ES) na terça-feira, 12.
A morte de Flávia Rezende serve como um lembrete da importância de cuidar da saúde em viagens longas. É fundamental realizar pausas para movimentar o corpo e evitar complicações decorrentes do sedentarismo. Além disso, é essencial manter-se hidratado durante todo o percurso. A prevenção é a melhor forma de garantir a segurança e o bem-estar em viagens longas.
Viagens longas: os riscos durante voos longos
Apesar da causa da morte ainda não ter sido atestada, a tragédia trouxe à tona os possíveis riscos para a saúde que podem surgir durante voos longos. De acordo com o cirurgião vascular Ivan Benaduce Casella, da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular Regional São Paulo (SBACV-SP), são considerados voos longos aqueles com seis horas ou mais de duração.
‘Também há riscos em voos menores, mas são menos comuns’, destaca. As possíveis complicaçõesFicar muito tempo sentado e sem se mexer dentro de um avião pode prejudicar a circulação, aumentando a probabilidade de uma trombose. Esse problema é caracterizado pela formação de coágulos sanguíneos, ou seja, aglomerados de sangue em estado menos líquido que o normal, em veias das coxas ou pernas.
Fatores de risco para trombose em voos longos
Esse quadro dificulta a circulação e causa dor e inchaço na região. Ficar muito tempo sentado e sem se mexer dentro de um avião pode trazer riscos circulatórios, em especial, a trombose. É possível também que trombose evolua para um quadro de embolia pulmonar, de acordo com Casella.’Isso acontece quando o coágulo se move na corrente sanguínea e acaba atingindo o pulmão, prejudicando o seu funcionamento. Trata-se de um quadro potencialmente fatal, que necessita de auxílio médico o quanto antes’, explica.
Fatores de risco e prevenção em viagens longas
Quais os fatores de risco para trombose? Há pessoas que têm mais chances de desenvolver quadros de trombose, de acordo com Casella. Entre elas, estão: Pessoas com histórico familiar de trombose; Pessoas que já tiveram a doença; Pessoas que passaram por cirurgias de grande porte recentemente; Pessoas que estejam com alguma doença que aumente o risco de trombose, como câncer de estômago; Pessoas que usem anticoncepcionais com estrogênio de terceira geração; Grávidas; Pessoas que estão acima do peso. Mesmo para essas pessoas, porém, o cirurgião destaca que a ocorrência de uma trombose grave ou embolia pulmonar durante voos é bastante rara.Como prevenir trombose em voos longos? Seja para as pessoas com fatores de risco ou não, o cirurgião vascular da SBACV-SP sempre recomenda as seguintes estratégias: Não ficar sentado o tempo todo: A cada duas horas, é importante se levantar e, se possível, andar um pouco ou ficar na ponta dos pés por um tempo; Se manter em movimento: Mesmo sentado, movimentar os pés e as pernas; Trocar o vinho pela água: A hidratação ajuda na circulação e, consequentemente, na prevenção da trombose.
Na contramão, o álcool pode facilitar a perda de líquidos e aumentar os riscos de desenvolver a doença; Usar meias de compressão: Estas podem ser grandes aliadas ao estimular a circulação sanguínea das pernas. Vale conversar com um médico para que ele possa indicar o produto mais adequado. Leia tambémVocê tem treinado a panturrilha? Conhecida como nosso segundo coração, ela merece dedicação especialEntenda por que viagens longas são fatores de risco para trombose Qual a relação entre a trombose e o câncer de mama? EntendaEncontrou algum erro? Entre em contatoCompartilhe:Tudo SobreaviãoComentáriosOs comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.Já sou Assinante
Fonte: @ Estadão
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