Uma quadrilha usou rastreadores de Apple para vigiar toneladas de cocaína escondida em malas, enviadas para a Europa e a Ásia, dos cascos de navio, frequentemente.
A Polícia Federal desbaratou uma quadrilha de traficantes de cocaína que utilizava cascos de navio no Porto de Santos para esconder a droga. Esta operação envolveu mergulhadores e outros integrantes ligados ao PCC.
Entre os envolvidos, um indivíduo foi preso e outros ainda estão foragidos. A Polícia Federal realizou a ação desta quinta-feira, 7, com o objetivo de desarticular e desmantelar a quadrilha. A Polícia Federal realiza operações frequentemente contra o contrabando e o tráfico de drogas no país.
Descoberta que levou a PF à quadrilha
A descoberta que levou a Polícia Federal (PF) à quadrilha de traficantes foi encontrada em um aparelho rastreador, um Airtag, produzido pela Apple, que era frequentemente usado por viajantes para monitorar suas malas. O aparelho estava escondido em uma bolsa à prova d’água, junto com a cocaína, que os traficantes colocavam nas bolsas para acompanhar a remessa durante as longas viagens, até a Espanha, China e Coreia do Norte. Os dados de acesso do aparelho foram usados pela PF para rastrear a quadrilha que traficou mais de uma tonelada de droga em dez meses.
Artimanha dos traficantes
A artimanha dos traficantes consistia em colocar um rastreador, como um Airtag, em uma bolsa de lona à prova d’água, junto com a cocaína, para que a droga pudesse ser rastreada durante a viagem. Isso permitia que os traficantes monitorassem a remessa e garantissem que a droga chegasse ao destino. A quadrilha usou essa tática em várias ocasiões, como na Operação Eureka, quando colocaram um carregamento de cocaína no navio MSC Agadir, que rumou para o porto de Gioia Tauro, na Calábria, no sul da Itália. No entanto, os mergulhadores italianos não conseguiram encontrar o carregamento, o que irritou os mafiosos italianos.
Operação Taeguk
A Polícia Federal (PF) lançou a Operação Taeguk para combater a quadrilha de traficantes ligada ao PCC. A operação envolveu a cumprimento de dez ordens de prisão preventiva e a busca em 39 endereços em São Paulo, Rio de Janeiro, Pará e Maranhão. De tais alvos, cinco foram presos na Baixada Santista e um já estava encarcerado. Outros quatro estão foragidos. A PF ainda investiga a participação de uma série de outros investigados nos crimes.
Extensão dos relacionamentos da quadrilha
A PF aponta que a extensão dos relacionamentos das pessoas associadas à quadrilha é extremamente ampla, alcançando funcionários e seguranças do Porto de Santos. O nome de Marcel e de Juan foram descobertos pela PF após a apreensão, em janeiro, na Coreia do Sul de 100 quilos de cocaína escondidos no compartimento subaquático do barco M/V Hyundai Oakland. A embarcação havia partido do Porto de Santos com bolsas de lona à prova d’água escondidas dentro da válvula de entrada. Na bolsa também havia oito AirTags – sete comprados e provavelmente instalados em Hong Kong e um comprado na Coreia do Sul.
Fonte: © Notícias ao Minuto
Comentários sobre este artigo