Banco projeta alta da taxa básica de juros em 0,5 ponto percentual na reunião de maio, encerrando 2025 em 13,75% com política monetária.
A variação da política monetária do Banco Central pode ter um impacto significativo na economia do país, especialmente em relação à Selic, que é o juro básico da economia. A Selic é um instrumento fundamental para controlar a inflação e manter a estabilidade econômica. Com a guerra comercial afetando a atividade econômica, é provável que o Banco Central ajuste a Selic para estimular o crescimento econômico.
De acordo com o J.P. Morgan, a política monetária menos restritiva pode levar a uma redução na taxa de juros, o que pode ajudar a impulsionar a economia. Além disso, a redução da Selic pode ter um efeito positivo sobre a inflação, pois pode ajudar a controlar os preços e manter a estabilidade econômica. É importante notar que a inflação é um fator chave na definição da política monetária, e o Banco Central deve encontrar um equilíbrio entre o controle da inflação e o estímulo ao crescimento econômico. A redução da taxa de juros pode ser uma medida eficaz para alcançar esse equilíbrio, e a Selic é um instrumento fundamental nesse processo. O juro básico é um componente importante da política monetária, e o Banco Central deve monitorá-lo cuidadosamente para garantir a estabilidade econômica.
Previsões Econômicas
O banco J.P.Morgan revelou em um relatório que agora projeta apenas mais uma alta da taxa Selic neste ciclo, de 0,5 ponto percentual, na reunião de maio do Comitê de Política Monetária (Copom), o que levaria o juro básico do país a 14,75%. Além disso, o J.P.Morgan antecipou em seu cenário-base o início do ciclo de flexibilização monetária para a reunião de novembro do colegiado, com uma Selic fechando o ano em 13,75%, contra 15,25% na projeção anterior. Isso indica uma mudança significativa na política monetária, que pode afetar a taxa de juros e a inflação no país.
Análise Econômica
Ao fim de 2026, a previsão para a Selic foi cortada de 12,50% para 9,75%. Já em relação ao IPCA, as projeções foram mantidas em 5,5% e 3,2% para este ano e o próximo, respectivamente. A chefe de pesquisa econômica para América Latina do banco, Cassiana Fernandez, e os economistas Vinicius Moreira e Mirella Mirandola Sampaio, escrevem em relatório que ‘embora a eventual fraqueza do real possa restringir o Banco Central, no médio prazo, esperamos que a desaceleração adicional (da economia) ajude a reduzir a inflação‘. Isso sugere que a taxa de juros e o juro básico podem ser ajustados para controlar a inflação e manter a estabilidade econômica.
Impacto do Choque Externo
De acordo com os economistas do J.P.Morgan, o ritmo e a magnitude do ciclo de cortes a partir do quarto trimestre de 2025 ‘dependerá não só da extensão do impacto do choque externo, como também da resposta das políticas fiscal e parafiscal, particularmente em um ano eleitoral’. Diante do choque externo, o governo deve se mostrar menos tolerante à desaceleração da atividade econômica, o que pode levar a mais expansão fiscal no curto prazo, alertam os economistas. Além disso, uma atividade menos aquecida afetará negativamente a receita tributária, o que reforça a visão do banco americano de que o governo não conseguirá cumprir a meta fiscal deste ano, afetando a política monetária e a Selic.
Previsões Fiscais
O J.P.Morgan projeta um déficit de 0,8% do PIB das contas públicas em 2025 – a meta do governo é de déficit zero, com tolerância de 0,25 ponto percentual para mais ou para menos. Isso sugere que o governo pode precisar ajustar sua política monetária e a Selic para controlar a inflação e manter a estabilidade econômica, considerando o impacto do choque externo e a expansão fiscal. A taxa de juros e o juro básico também podem ser ajustados para alcançar esses objetivos, mantendo a Selic como um instrumento importante na gestão da economia.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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