O juiz Paulo Furtado de Oliveira Filho decretou a falência da editora, afetando credores quirografários e a saúde financeira da empresa.
A Editora Três, empresa que detém as revistas IstoÉ e IstoÉ Dinheiro, foi declarada falida pela 2ª Vara de Falências e Recuperação judicial de São Paulo. O juiz que decretou a falência foi Paulo Furtado de Oliveira Filho.
A empresa processou diversas medidas para tentar recuperar recursos financeiros e evitar a falência, mas sem sucesso. Com o processo encerrado, a Editora Três deve realizar uma liquidação de bens e realizar o pagamento aos credores.
Processo de Recuperação Judicial: Um Labirinto de Dívidas
A Editora Três enfrentou mais um desafio significativo em sua jornada de recuperação judicial. A decisão recente destacou a falha na gestão financeira da empresa, levando a uma série de consequências nefastas, incluindo o não pagamento de credores quirografários. A administradora judicial responsável pelo caso destacou a falta de recursos para liquidar dívidas trabalhistas, despesas correntes e salários dos empregados atuais. O impacto foi intensificado pela perda de espaço das mídias impressas para as plataformas digitais.
A Dívida Significa: Uma Somatória de Problemas
O primeiro grupo de credores, constituído por 532 trabalhadores que receberam parcelas ou nada do que lhes era devido, enfrenta uma dívida nominal de R$ 20,6 milhões. Esse conjunto de credores que além da editora, conta com outras cinco empresas, estava em seu segundo processo de recuperação judicial, aceito pela Justiça em 2021. O pedido havia se baseado na queda de arrecadação publicitária devido à crise da Covid-19 e nas dificuldades de acesso ao crédito. A decisão de recorrer à Justiça foi, em parte, justificada pela perda de espaço das mídias impressas para as plataformas digitais.
A Saga da Recuperação Judicial: Uma Nova Tentativa de Superar a Falência
A Editora Três já havia enfrentado um processo semelhante em 2007. Na ocasião, a empresa havia alegado fragilidade financeira em decorrência da restrição de créditos, da carga tributária crescente e da falta de infraestrutura para competir no mercado editorial. Nesse contexto, a empresa esperava resolver seus problemas financeiros por meio da recuperação judicial, garantindo assim que sua saúde financeira pudesse ser equilibrada.
Fonte: © Conjur
Comentários sobre este artigo