Ao analisar o cenário econômico, eles observam a robustez da atividade, a desinflação lenta ou em reversão, ajustes na política monetária do Banco Central.
Em um cenário no qual a comunicação do Banco Central tem sinalizado que um ciclo de ajuste na política monetária está próximo, mesmo sem a certeza de um aperto adicional das condições monetárias, o BTG Pactual agora prevê que novo ciclo de elevação da Selic possa começar em setembro.
Essa expectativa de aumento da taxa básica de juros reflete a preocupação com a inflação e a necessidade de controlar a economia, impactando diretamente no mercado financeiro e nas decisões de investimento.
Previsão de Ajuste da Taxa Básica de Juros Selic
Na projeção oficial do banco, atualizada nesta segunda-feira, a autoridade monetária está preparada para iniciar um novo ciclo de ajuste na política monetária, com uma alta de 0,25 ponto na Selic em setembro. Em seguida, são esperados dois aumentos de 0,5 ponto em novembro e em dezembro, seguidos por mais uma elevação de 0,25 ponto em janeiro. Isso levaria a taxa básica de juros a 12% no início do próximo ano.
Os membros do Copom têm sido cuidadosos em sua comunicação, sem fornecer guidance explícito para a próxima reunião. No entanto, analistas interpretam que o comitê está mantendo flexibilidade em seu curso de ação, o que sinaliza o início iminente do ciclo de ajuste. Os economistas Claudio Ferraz, Bruno Balassiano e Bruno Martins destacam que a comunicação do Banco Central já foi suficiente para dar início às mudanças na política monetária.
O consenso entre os membros do comitê em relação à necessidade de perseguir a meta de inflação tem impactado os preços e ativos financeiros, refletindo a disposição unânime em adotar as medidas necessárias. Caso o ciclo de ajuste não se concretize, há o risco de reversão nos prêmios de risco e perda de credibilidade, tornando os desafios futuros ainda mais complexos.
O BTG recomenda uma estratégia de implementação do aperto monetário com aumentos de 0,5 ponto percentual na Selic a partir de setembro, visando levar a taxa para 12% ou até 12,5%. No entanto, por ora, a preferência é iniciar o ciclo com um ritmo mais moderado de 0,25 ponto percentual, considerando a importância do consenso.
De acordo com o Termômetro do Copom do Valor Investe, 39,5% dos negociantes esperam elevação de 0,25 ponto na próxima reunião, enquanto 30,5% preveem um aumento de 0,50 ponto. A expectativa é alta para a reunião marcada para o dia 18 de setembro.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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