Iniciativa com solidariedade e sustentabilidade no ABC.
O projeto em Rio Grande da Serra é um exemplo de como a solidariedade e a autoestima podem ser fortalecidas através da criação de sutiãs e próteses mamárias sustentáveis para mulheres mastectomizadas. Com o apoio da Unipar e ONGs locais, o projeto visa não apenas gerar renda, mas também promover a autoestima e a confiança das mulheres que passaram por essa experiência. A iniciativa é um exemplo de como a comunidade pode se unir para apoiar aqueles que mais precisam.
Através do projeto, as costureiras voluntárias não apenas criam sutiãs e próteses mamárias, mas também promovem a estima e o orgulho das mulheres que as usam. A confiança que essas mulheres ganham ao usar esses produtos é fundamental para sua recuperação e bem-estar. Além disso, o projeto também promove a sustentabilidade, utilizando materiais reciclados e minimizando o impacto ambiental. É um exemplo de como a solidariedade e a empatia podem ser transformadoras. Com o apoio da Unipar e ONGs locais, o projeto em Rio Grande da Serra é um sucesso e uma inspiração para outras comunidades. A autoestima é fundamental para a recuperação das mulheres mastectomizadas e projetos como esse são essenciais para promover a autoestima e a confiança delas.
Introdução à Oficina de Costura Sustentável
A Oficina de Costura Sustentável é uma iniciativa inovadora que visa criar sutiãs adaptados para próteses mamárias, destinados a mulheres que passaram por mastectomia, um procedimento que pode ser essencial no tratamento do câncer de mama. Essa cirurgia, no entanto, pode ser seguida por dificuldades no acesso a próteses adequadas, seja por limitações de recursos ou por falta de suporte especializado, afetando a autoestima dessas mulheres. Segundo dados divulgados pela Revista Brasileira de Cirurgia Plástica, entre 2015 e 2020, o Sistema Único de Saúde (SUS) do Brasil registrou um total de 204.569 cirurgias oncológicas de mama, das quais 43% foram mastectomias, aproximadamente 88.000 procedimentos desse tipo, o que pode impactar a autoestima e a confiança dessas pacientes.
No mesmo período, foram realizadas 17.927 cirurgias plásticas reconstrutivas de mama com implantes após esse procedimento, sendo que apenas 20,52% das mulheres mastectomizadas foram submetidas à reconstrução imediata com implantes, o que pode influenciar a estima e o orgulho delas. A Oficina de Costura Sustentável busca contribuir para a melhoria da autoestima dessas mulheres, oferecendo-lhes próteses mamárias personalizadas e sutiãs especiais, promovendo a solidariedade e empatia entre as participantes e a comunidade.
Desenvolvimento do Projeto
No último encontro, realizado na sede da ONG PROFAVI – Associação Promoção a Favor da Vida –, em Rio Grande da Serra, região do ABC, o grupo de costureiras apresentou os diferentes formatos de moldes que desenvolveram para as próteses e iniciou a confecção de 70 peças, demonstrando a importância da confiança e da estima no processo de criação. Ao todo, foram arrecadados 50 kg de pallets de PVC, doados pela Dacarto, empresa fabricante de compostos de PVC, que serão transformados em próteses mamárias envoltas de uma manta acrílica e de algodão, promovendo a sustentabilidade e geração de emprego e renda.
Comandada pela estilista Esmeralda Chagas, com apoio da ONG Mãos Criativas, as costureiras puderam criar mais que próteses e sutiãs especiais, experimentaram a sensação de participar de uma ação que contribui para que mulheres recuperem a autoestima e o orgulho nos olhos, além de promover a solidariedade e empatia entre as participantes. ‘É um projeto que fala de um assunto sério e sensível de uma forma leve e gostosa, e eu me sinto honrada em fazer parte disso’, completa Denise Santos, que passou por uma cirurgia de mastectomia há alguns anos, destacando a importância da autoestima e da confiança nesse processo.
Impacto do Projeto
Mais do que capacitar as costureiras, a ideia é inspirá-las, promovendo a autoestima e a estima delas. Para Luiza Maria de Jesus Santos, presidente da ONG PROFAVI, e que também já enfrentou um diagnóstico de câncer, o projeto é a concretização de um sonho de ajudar mulheres que precisam se sentir bem e não têm condições de fazer esse investimento, destacando a importância da solidariedade e empatia e do Sistema Único de Saúde (SUS) nesse processo. ‘Quando recebi o diagnóstico de câncer e tive que fazer a cirurgia, fiquei muito angustiada. Meu médico me aconselhou a não colocar a prótese, mesmo tendo condições. Foi aí que comecei a pensar em fazer algo pela população vulnerável de Rio Grande da Serra. Ver a alegria delas me faz bem e me motiva a ajudar’, destacando a importância da autoestima e do orgulho nesse processo.
A oficina integra o projeto TO em Movimento, iniciativa que tem o apoio da Unipar, empresa do setor químico e petroquímico, e dos Conselhos Comunitário Consultivo de Santo André e de Cubatão, formados por voluntários que atuam nas comunidades próximas às unidades da empresa e promovem o diálogo, destacando a importância da confiança e da estima nesse processo, além da sustentabilidade e geração de emprego e renda, e do trabalho das costureiras voluntárias.
Fonte: @ Terra
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