Órgão afirma que organizadores foram acusados de conduta culposa, por terem assumido risco de matar João Vinicius Ferreira, eletrocutado ao encostar em um food truck, considerado evento seguro, em evento conduzido por produtora, que pratica condutas culposas como prática usual.
A investigação sobre a morte do estudante universitário João Vinícius Ferreira, ocorrida em um festival de rock no dia 10 de março, na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, agora está em andamento e já conta com 13 pessoas denunciadas pelo Ministério Público.
Em seu pedido de prisão preventiva para nove das pessoas denunciadas, o Ministério Público do Rio de Janeiro destacou a gravidade dos fatos, afirmando que a prisão deles é necessária para garantir a ordem pública e evitar novas ocorrências. A detenção dessas pessoas também visa evitar que elas possam interferir nas investigações ou causar danos adicionais à sociedade. Além disso, a prisão preventiva pode ser implementada como forma de punição para aqueles que cometeram crimes graves, como os que resultaram na morte de João Vinícius Ferreira. A pena para os denunciados pode variar dependendo da gravidade do crime e do cargo da vítima, podendo chegar a penas mais duras se considerados crimes hediondos.
Falta de Precauções Causa Prisão
Os promotores argumentam que os organizadores do festival I Wanna Be Tour aceitaram o risco de matar, resultando na morte de João Vinicius, que sofreu choques elétricos ao encostar em um food truck. A denúncia destaca falhas como apenas dois eletricistas para 12 mil pessoas, ausência de supervisão técnica e alteração do local da morte. A empresa 30e, responsável pelo evento, foi procurada, mas não se pronunciou sobre o caso.
A investigação aponta que a conduta dos indiciados resultou em homicídio por dolo eventual e demonstra ser uma prática usual do grupo, revelando fragilidade e amadorismo na organização. A mãe de João, Roberta Isaac, afirma que perder um filho em um evento seguro é algo que nenhuma mãe deve enfrentar e que o processo deve considerar a vida perdida. A denúncia cita testemunhas que sentiram os choques elétricos antes da morte de João e alertaram a organização.
A empresa terceirizada contratada por R$ 86 mil enviou apenas dois eletricistas com uma diária de R$ 220 e três ajudantes, enquanto o engenheiro eletricista responsável, Eli Felipe Valadão Belo, não compareceu ao evento. A investigação apontou que, após a descarga elétrica, quatro responsáveis pelo evento ordenaram a desmontagem dos food trucks e dificultaram o trabalho da perícia. O Ministério Público deu dez dias para que os denunciados enviem uma resposta por escrito à Promotoria.
A 30e anunciou a segunda edição do festival para 2025 e apresentações do cantor Roberto Carlos em novembro deste ano. A empresa foi procurada, mas não se pronunciou sobre o caso. A prisão dos responsáveis pela morte de João Vinicius foi motivada pela falta de precauções na organização do evento, culminando em uma prisão preventiva.
Fonte: © Notícias ao Minuto
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