Dois índices acionários brasileiros registraram as maiores rentabilidades no primeiro mês do ano em investimentos atrelados ao setor financeiro.
O mercado de ações brasileiro apresentou um desempenho expressivo no início de 2025, com alguns investimentos atrativos. Ações de empresas de tecnologia despontaram como uma das principais opções para investidores em busca de lucro.
Por outro lado, aqueles que apostaram em investimentos em ações de empresas que se inserem no setor de serviços financeiros também registraram ganhos significativos. Esse cenário indica que o mercado de ações brasileiro pode estar em um momento de crescimento, o que pode ser atraente para investidores dispostos a ariscar.
Investimento: O índice acionário do Brasil sinaliza otimismo em 2025
O Ibovespa, principal índice acionário do Brasil, sofreu uma queda de mais de 10% em 2024, mas apresenta um sinal de ganho de otimismo entre os investidores no começo de 2025. O índice registrou uma arrancada de 5% em janeiro. Além disso, investimentos ligados ao índice MSCI Brasil e ao IMOB, da B3, tiveram desempenho ainda melhor, com ganhos de 12,3% e 11,2%, respectivamente.
Investimentos atrelados ao índice MSCI Brasil
O MSCI Brasil é o índice de referência do iShares MSCI Brazil (EWZ), da BlackRock, o maior ETF (fundo de índice negociado em bolsa) de empresas brasileiras negociado no exterior. Em janeiro, o EWZ valorizou 11,5%. Alexandre Pletes, chefe de renda variável da Faz Capital, explica que a carteira do MSCI sofreu um rebalanceamento em setembro passado, que passou a permitir a listagem de ações de empresas brasileiras negociadas no exterior. Com essa alteração, Nubank, XP e PagBank passaram a fazer parte do índice de referência.
Rebalancing e valorização de ações
O reflexo desse rebalanceamento veio agora, com a valorização de 28% do Nubank, de 22% do Inter e das altas significativas da XP e PagBank. O setor financeiro da composição foi o grande responsável pelo desempenho do índice neste mês de janeiro.
Investimento em setor financeiro
O IMOB, por sua vez, assim como o Ibovespa, é uma carteira teórica de ações da B3. Nesse caso, aponta o desempenho médio de papéis do setores da atividade imobiliária, tanto a comercialização quanto a construção civil. A carteira é composta por incorporadoras e construtoras, além de administradoras de shoppings centers, sendo o maior peso a cargo da Allos e da Multiplan, de shoppings, seguidos pela Cyrela, da construção.
Valorização de ações de construtoras
Allos e Multiplan encerraram janeiro com uma valorização acumulada de 5,4% e 8%, respectivamente. No entanto, os grandes destaques do segmento ficaram com os papéis das construtoras Cyrela, com ganho de 2,5%, e EZTec, com alta de 17,3%, e Direcional, que subiu 13,6%.
Expectativas de juros e inflação
Pletes aponta que as construtoras em geral tiveram desempenho positivo com a redução das expectativas de uma alta dos juros, além daquela que já está dada pelo mercado. A decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, na última quarta-feira, sacramentou as apostas de que a taxa básica de juros deve seguir mais alguns degraus acima, mas vai encontrar seu platô em não mais do que os 15%, já desenhados.
Investimento em setor financeiro e expectativas
A expectativa de Selic alta no curto prazo, mas mais baixa no futuro, ancorando uma inflação em patamares aceitáveis, foi determinante para a reavaliação dos valuations e expectativas também de vendas para essas empresas no futuro, afirma Pletes.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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