Distribuidora de medicamentos e materiais hospitalares busca reperfilamento da dívida e reestruturação, focando em produtos de mais rentabilidade e redução de despesas.
O Grupo Elfa, que atua na distribuição de medicamentos e materiais hospitalares, é um exemplo de uma empresa que cresceu de forma acelerada com a aquisição de empresas, o que exigiu uma reestruturação profunda para absorver as novas unidades e garantir a eficiência operacional.
Essa reestruturação permitiu ao Grupo Elfa expandir sua presença no mercado e melhorar sua capacidade de atendimento, mas também exigiu uma reorganização interna para adequar os processos e procedimentos às novas necessidades. Com isso, a empresa pôde se adaptar às mudanças e manter sua competitividade no mercado. A inovação é fundamental para o sucesso. Além disso, a empresa também realizou uma reajuste nos seus planos estratégicos para garantir que as metas fossem alcançadas de forma eficaz.
Reestruturação em Curso
A Elfa, apoiada pelo Patria Investimentos, seu controlador, realizou uma série de aquisições em diversas regiões do país, totalizando 22 companhias, sendo 13 delas em apenas três anos. No entanto, essa expansão resultou em um alto nível de endividamento, atualmente quatro vezes o seu Ebitda, e margens apertadas. Em meio à crise do setor de saúde, a empresa iniciou uma reestruturação que começa a apresentar resultados, embora de forma gradual.
Essa reestruturação é apoiada por uma injeção de R$ 870 milhões de recursos do Patria, recebida no ano passado. Desde então, a Elfa vem ajustando suas operações e renegociando seus passivos. A reorganização envolve a venda de ativos não essenciais e a negociação para o reperfilamento da dívida com vencimentos a partir de 2025.
Readequação e Reajuste
Do lado operacional, a Elfa trabalha para reduzir despesas e fortalecer as sinergias do portfólio. Além disso, a empresa busca ter maior exposição a categorias com melhor rentabilidade, como produtos oncológicos e hematológicos, e produtos cirúrgicos. ‘Uma carreta de Omeprazol, por exemplo, vale a mesma coisa que um carro com produtos oncológicos’, afirma José Roberto Ferraz, CEO da Elfa. ‘Para nós, que somos transportadores e armazenadores, ter menos transporte e armazenagem tende a ser mais lucrativo.’
A Elfa também buscou aumentar sua distribuição para as secretarias de saúde estaduais, com foco nos governos de São Paulo, Minas Gerais, Ceará e do Paraná, avaliando que as compras do setor público são mais estáveis. J.R. diz que a empresa tem cerca de 10% do market share no mercado de saúde privado do Brasil e cerca de 25% do público.
Reformulação e Resultados
O resultado, junto com iniciativas como redução de estoques e de contas a receber, foi um primeiro semestre mais positivo, ainda que com números tímidos. O Ebitda ajustado cresceu 5,2% no segundo trimestre, em comparação com o mesmo período do ano anterior, para R$ 101 milhões, com um aumento de 0,3 ponto percentual na margem ajustada, para 7%. No semestre, a alta do Ebitda ajustado foi de 4,4%, para R$ 162 milhões, enquanto a margem ajustada avançou 0,4 ponto percentual, a 5,6%.
O caixa gerado pelas atividades operacionais cresceu 73% no segundo trimestre, para R$ 131 milhões. Combinado com a redução de 43% do consumo de caixa visto nos primeiros três meses do ano, a Elfa fechou o semestre com um consumo de R$ 47 milhões, redução de 80%. A receita líquida ficou praticamente estável no segundo trimestre e no primeiro semestre, em R$ 1,4 bilhão e R$ 2,9 bilhões, respectivamente.
Fonte: @ NEO FEED
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