Respirar corretamente melhora concentração e desempenho físico, ajustando a frequência respiratória e evitando padrão respiratório disfuncional.
Dominar a respiração de forma adequada pode transformar profundamente a vida de alguém. Diversos profissionais da saúde e especialistas em bem-estar reforçam essa ideia. Apesar de ser um ato involuntário, a respiração nem sempre é realizada da maneira mais eficiente, o que pode impactar diretamente a qualidade de vida.
Além disso, compreender os processos de inspiração e expiração é essencial para otimizar a respiração. A prática constante pode trazer benefícios significativos, como maior disposição e redução do estresse. Portanto, dedicar atenção a esse aspecto tão natural pode ser um divisor de águas para quem busca equilíbrio e saúde.
O Poder da Respiração para o Bem-Estar
A prática do trabalho de respiração pode trazer benefícios significativos para o sono, a digestão, o sistema imunológico e as funções respiratórias, além de ajudar a reduzir a pressão arterial e a ansiedade. Nos últimos anos, o interesse pela respiração cresceu consideravelmente, especialmente no ocidente, onde o bem-estar ganhou destaque. No entanto, práticas espirituais como o budismo e o hinduísmo já reconheciam há séculos os benefícios de uma respiração adequada. Nunca é tarde para aprender a aprimorar algo que fazemos naturalmente desde o nascimento.
Erros Comuns na Respiração
Um dos erros mais frequentes é a respiração pela boca. Enquanto o nariz foi projetado para a ventilação, a boca tem a função primária de auxiliar na digestão. A respiração pela boca é menos eficiente, pois oferece menor resistência ao fluxo de ar, o que aumenta a frequência respiratória além do ideal. Além disso, esse padrão impede que o ar alcance adequadamente os lobos inferiores dos pulmões, resultando em tontura e fadiga.
Outro problema comum é a tendência de respirar principalmente com os músculos do peito, em vez de utilizar o diafragma. Quando o diafragma não é ativado corretamente, a respiração torna-se superficial, causando tensão no pescoço e nos ombros. Essa sensação de sufocamento envia sinais ao cérebro de que o corpo está em perigo, mesmo que não haja uma ameaça real.
A Velocidade da Respiração e Seus Impactos
A velocidade da respiração também é um fator crucial. Muitas pessoas respiram rapidamente, com uma média de 16 a 20 respirações por minuto, quando o ideal seria entre 10 e 14 (ou até menos, de seis a oito). Essa frequência respiratória elevada faz com que o cérebro se adapte, interpretando que o corpo sempre precisa de mais ar. Isso gera um alarme falso, resultando em falta de ar, confusão mental e fadiga precoce.
Maus Hábitos desde a Infância
Aimee Hartley, especialista em ioga e respiração, afirma que cerca de 80% das pessoas com quem trabalhou apresentam padrões respiratórios inadequados. Ela explica que as crianças pequenas respiram de forma instintiva, com o estômago se expandindo a cada inspiração. No entanto, ao ingressarem na escola, os maus hábitos começam a se instalar. Ficar sentado por longos períodos, movimentar-se menos e enfrentar estresse emocional contribuem para o desenvolvimento de um padrão respiratório disfuncional.
Hartley destaca que, ao nos sentirmos constantemente ameaçados, entramos em um estado de ‘lutar ou fugir’, o que contrai os músculos e leva à retenção da respiração por períodos prolongados. Essas microcontenções evoluem para problemas respiratórios crônicos na vida adulta.
Como Respirar Corretamente
A melhor forma de respiração é leve, lenta e profunda. Isso significa inspirar uma quantidade menor de ar pelo nariz e expirar de maneira suave e controlada, também pelo nariz. A sensação de falta de ar é normal e desejável, pois ajuda o corpo a se tornar mais tolerante ao dióxido de carbono (CO2). Ao dominar essa técnica, é possível melhorar a ventilação, reduzir a ansiedade e promover um equilíbrio geral no organismo.
Fonte: @ Minha Vida
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