ESPN entrevistou Thomas Müller e Philipp Lahm sobre a histórica derrota do Brasil por 7 a 1 na Copa do Mundo de 2014, em momento de pressão.
Em uma das salas reservadas como estúdio na Allianz Arena, me encontro em um momento apertado aguardando a chegada de Thomas Müller. No final de semana anterior, o Bayern de Munique havia conquistado uma vitória apertada sobre o RB Leipzig por 2 a 1 e, em poucos dias, teria o desafio contra o Freiburg.
Enquanto espero, reflito sobre um momento marcante da temporada passada, quando Müller marcou um gol decisivo contra o Borussia Dortmund. Foi um momento clássico que ficou gravado na memória dos torcedores do Bayern e que certamente será lembrado por muito tempo.
Momento apertado: preparativos e pressão
Em meio aos compromissos pela Bundesliga, em um momento de pressão sobre o time, ele parou para falar sobre o 7 a 1. Dez anos depois, a maior derrota na história do futebol brasileiro parece que ainda não terminou. O impacto desse jogo é tão grande que vai muito além do esporte. Afinal, quem nunca ouviu a expressão ‘todo dia um 7 a 1 diferente’ quando nos referimos às mazelas do nosso país? Müller é uma daquelas pessoas que tornam o ambiente onde está mais descontraído pela simpatia. Entra na sala ao lado de seu assessor pessoal com sorriso no rosto, me cumprimenta e puxa papo sobre a Copa do Mundo de 2014. Comento que estive com a equipe durante todo período no Brasil na cobertura pela ESPN; as boas lembranças dele rapidamente vêm à mente. Experiente em lidar com a mídia, Müller conhece também alguns processos comuns antes de iniciar uma gravação. Como, por exemplo, bater palma em frente às câmeras para facilitar a sincronização do som na edição. Ele mesmo se encarrega de fazer a claquete: ‘7 a 1, primeira tomada’. Duas semanas depois, viajei novamente para Munique. Em um bairro tranquilo da cidade, um pouco mais afastado do centro, busco o número 19 na Ehrengutstrasse. Ao entrar no escritório de Philipp Lahm, a memorabilia exposta de sua vitoriosa carreira pelo Bayern e pela Alemanha dá a devida dimensão de seu tamanho. Lahm prefere falar em alemão. Entende e fala inglês como Thomas Müller, mas se sente mais à vontade para lembrar o 7 a 1, como capitão da Alemanha naquele 8 de julho de 2014, em sua língua materna. Bem mais contido do que o ex-companheiro, o ex-lateral é sereno e direto nas respostas. Aos poucos se soltou mais ao revisitar a partida que marcou para sempre sua vida. O relato abaixo é a lembrança desses dois personagens da Alemanha na goleada por 7 a 1 contra o Brasil, pelas semifinais da Copa de 2014, no Mineirão, em Belo Horizonte. As primeiras horas do dia e a estratégia alemã Müller: Normalmente, partimos da nossa base de treinamentos…Tivemos que viajar, porque na Bahia tínhamos uma bela praia e nada mais lá. Na floresta, na parte selvagem da natureza… Então tivemos que viajar. Estava quente no último treino um dia antes no estádio. Sabíamos que a temperatura estaria alta, e o estádio, lotado de brasileiros, orações e toda aquela energia. Você começa o dia com o conhecimento do grande jogo que está por vir. Quase no mesmo nível, mas eu acho que sentíamos que o Brasil tinha, talvez, um pouco de vantagem. Por jogar em casa, porque eles eram muito fluídos… Mas, por outro lado, quando você é frio, calculista e pensa nos fatos, essas vantagem podem ser também desvantagens. Uma coisa que lembro era que Neymar estava machucado, então talvez os brasileiros estivessem com medo por estarem sem sua superestrela. Como poderiam vencer os alemães? Mas acho que eles tinham muita confiança. Só que essas pessoas, essa pressão, a esperança de cada torcedor brasileiro colocou muita pressão sobre aquele time. Eles não começaram mal, mas o que a pressão fez.
Momento esquecido: tensão e decisões
Eles não começaram mal, mas o que a pressão fez com o time brasileiro foi algo notável. O momento decisivo se aproximava, e as emoções estavam à flor da pele. O ambiente no estádio era eletrizante, com os torcedores brasileiros esperançosos por uma vitória marcante. Enquanto isso, os jogadores alemães mantinham a calma e a concentração, cientes da importância do momento. Müller recorda como a pressão se intensificou à medida que o jogo avançava, e as decisões tomadas em campo se tornavam cruciais. A derrota iminente pairava no ar, mas o Brasil ainda lutava com garra. Lahm, observando tudo de perto como capitão, sabia que cada lance poderia definir o rumo da partida. O momento apertado se transformava em um teste de resistência para ambas as equipes, cada uma lidando com a pressão de maneiras distintas. Enquanto os brasileiros buscavam uma virada histórica, os alemães se mantinham firmes em sua estratégia. O 7 a 1 estava prestes a se tornar um momento clássico no futebol mundial, uma lembrança que jamais seria esquecida.
Momento memorable: lembranças e expressões
O 7 a 1 se tornou um marco na história do futebol, um momento memorável que ecoaria por gerações. As expressões de surpresa e incredulidade no rosto dos torcedores brasileiros refletiam a magnitude daquela derrota. Para Müller e Lahm, as lembranças daquela partida continuavam vivas, cada detalhe ainda nítido em suas mentes. Os momentos de pressão, as decisões cruciais, a atmosfera única no estádio, tudo contribuía para tornar aquele jogo inesquecível. Enquanto o Brasil sofria com a derrota, a Alemanha celebrava uma vitória histórica, um triunfo que ficaria gravado na memória de todos os envolvidos. O 7 a 1 se transformou em um momento marcante não apenas para o futebol, mas para a cultura esportiva como um todo. As expressões de alegria e desalento se misturavam naquele dia fatídico, criando uma narrativa que perduraria para sempre. O legado daquele jogo continuaria a inspirar e emocionar, relembrando a todos a imprevisibilidade e a grandiosidade do esporte.
Fonte: @ ESPN
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