Dezembro de 2024, BC registrou déficit de R$ 6,734 bilhões em investimentos em caixa, valor público, dado de crescimento de 10 vezes maior do que em 2023.
O rombo das empresas estatais é um tema de grande relevância para a ministra do Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI), Esther Dweck. Ela analisou os dados do Banco Central que apontam uma elevação significativa no déficit das empresas estatais em 2024, chegando a R$ 8,073 bilhões, um valor muito maior em relação ao déficit de 2023, que foi de R$ 2,269 bilhões. No entanto, a ministra sustenta que não há rombo em nenhuma das empresas estatais.
A ministra justifica que o déficit está dentro dos limites estabelecidos e que os recursos são utilizados para investir em projetos que melhoram a infraestrutura do país. Ela também destaca que o déficit não é um problema isolado e não há nenhum rombo nas contas das empresas estatais, como se poderia pensar. A ministra concluiu que o foco deve ser em não criar um clima de pânico e em trabalhar para que as empresas estatais continuem a ser uma ferramenta importante para o desenvolvimento do país.
Desmontando o Mitos sobre Rombo em Empresas Estatais
A questão do rombo em empresas estatais tem sido um tema de grande debate, mas segundo a Ministra Esther Dweck, nenhum dos dados recentemente divulgados pelo Banco Central (BC) é um indicativo de rombo. Ela explica que parte dessas empresas estão investindo em caixa, o que não aumenta o endividamento, mas sim o dado de crescimento do investimento. Em 2024, houve um aumento de mais de 40% em relação a 2023 e de quase 100% dos investimentos em relação a 2022, destacando a importância do valor público.
O déficit das empresas estatais federais foi de R$ 6,734 bilhões em 2024, um valor significativo, mas ainda assim, nenhum indicativo de rombo. Em 2023, o déficit era de R$ 656 milhões, e considerando os dados nominais, sem a correção pela inflação, o déficit de R$ 8,073 bilhões em 2024 é o maior da série histórica iniciada em 2001. É importante notar que esses dados se referem às estatais não financeiras e não contemplam as empresas do grupo Eletrobras e Petrobras.
Segundo os cálculos do Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI), o déficit das estatais federais seria de R$ 6,313 bilhões, liderado pelos Correios, que tiveram saldo negativo de R$ 3,178 bilhões. É possível que os cálculos não coincidam devido a questões metodológicas. A Ministra defendeu a contabilidade das estatais ser feita como nas empresas privadas, e não seguindo a lógica do serviço público.
Surpreendentemente, das 11 empresas brasileiras que apresentaram déficit, nenhum delas realmente apresentou déficit em 2024. Juntamente com o déficit das estatais federais, a população brasileira pode se beneficiar de empresas investindo em caixa, gerando ganhos e valor público para a sociedade brasileira.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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