Tarcísio registrou aumento de 58,3% em mortes de adolescentes, com foco em segurança pública e mitigação de ocorrências, tanto em câmeras corporais como em ações policial.
Entre as vítimas de segurança em 2023, está o jovem de 17 anos que foi atingido por um tiro durante uma operação policial em Santos. A notícia teve ampla repercussão na época, e a defesa das vítimas e suas famílias é um assunto de grande relevância no Brasil.
A proteção dos direitos de menores de idade é um tema que envolve a sociedade como um todo. No entanto, as mortes durante ações policiais são um problema recorrente no país. Com o segurança como prioridade, as medidas de proteção e defesa das vítimas devem ser reavaliadas para evitar que casos semelhantes voltem a ocorrerem. O Brasil precisa refletir sobre sua abordagem da segurança e garantir que os direitos das vítimas sejam respeitados.
Segurança Pública em SP: Análise de Mortes em Ações Policiais
Entre janeiro e dezembro de 2023, foram registrados 38 mortos decorrentes de intervenção policial no estado de São Paulo, enquanto até setembro deste ano, o número de óbitos confirmados foi de 31. Esses dados foram levantados pelo Instituto Sou da Paz a pedido do UOL. No entanto, os números de morte decorrente de intervenção policial de outubro ainda não haviam sido disponibilizados pela SSP-SP no momento da análise.
A análise mostra que a maioria das vítimas é composta por negros, com 68%, sendo 58% pardos e 10% pretos. Os outros 32% são considerados brancos. De acordo com o levantamento, a maioria dos alvos durante ocorrência policial neste ano é formada por adolescentes de 17 anos, com 12 vítimas. Em seguida, aparecem jovens de 16 anos, com 11 casos, e 15 anos, com 5 casos.
Os jovens negros, moradores de periferia, que evadiram da escola e saíram de medidas socioeducativas, formam o grupo com maior chance de morrer, conforme afirma o coordenador do Instituto Sou da Paz, Rafael Rocha. O primeiro ano de gestão do governador Tarcísio registrou um aumento de 58,3% no número de adolescentes mortos em comparação com 2022. Esse aumento segue a tendência dos números gerais no estado, que incluem adultos.
A implantação das câmeras corporais nos policiais em 2020 havia levado a uma queda nos números de mortes decorrentes de intervenção policial, mas em 2023, o estado voltou a registrar um aumento com 504 mortos. Até setembro deste ano, o número de mortes em ação policial foi de 580 pessoas. A maioria das mortes de adolescentes em 2024 envolveu policiais em serviço, com 21 casos, enquanto as outras dez mortes foram registradas quando os agentes estavam de folga.
Proteção e Defesa: Um Desafio para a Segurança Pública
O coordenador do Instituto Sou da Paz, Rafael Rocha, afirma que os policiais de SP se sentem autorizados a agir com violência, incentivados pelo governador e pelo secretário de Segurança. A disponibilidade das câmeras corporais em SP não garante que os agentes respeitem a determinação. O ouvidor da PM-SP, Claudio Aparecido da Silva, relatou que os policiais militares removem os equipamentos, principalmente na Baixada Santista.
A dificuldade em obter detalhes sobre as atividades das comissões de mitigação de risco também é um desafio. Essas comissões foram estabelecidas em 2020 para aprimorar o trabalho de policiais envolvidos em ocorrências com letalidade. ‘Estão sendo extintos todos os mecanismos de suporte e revisão’, afirma Rocha. ‘O governador e o secretário de Segurança são atores políticos que, desde antes das eleições de 2022, eram contra o controle da força’, acrescentou.
A Operação Escudo, que começou em dezembro de 2023, intensificada em fevereiro deste ano, deixou 56 mortos na Baixada Santista. A ação policial segue um discurso de incentivo ao confronto, conforme afirma o coordenador do Instituto Sou da Paz.
Proteção e Defesa: Comissões de Mitigação de Risco
As comissões de mitigação de risco são estabelecidas em 2020 para aprimorar o trabalho de policiais envolvidos em ocorrências com letalidade. No entanto, essas comissões estão sendo extintas, conforme afirma o coordenador do Instituto Sou da Paz, Rafael Rocha. A dificuldade em obter detalhes sobre as atividades dessas comissões é um desafio para a proteção e defesa da população.
Segurança Pública em SP: Uma Questão de Política e Sociedade
A segurança pública em SP é uma questão complexa que envolve política e sociedade. O governador e o secretário de Segurança são atores políticos que podem influenciar a política de segurança pública. A proteção e defesa da população dependem da eficácia da polícia e das comissões de mitigação de risco. A questão da segurança pública em SP é um desafio para a sociedade e a política.
Fonte: © Notícias ao Minuto
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