Rede de Atenção à Saúde reúne mais de 300 pessoas, entre gestores e trabalhadores de saúde e igualdade racial, para discutir Políticas Nacionais de Saúde Integral e Parceria do Ministério da Saúde com Conselhos Nacional de Saúde e Secretários de Saúde.
Um Seminário com o objetivo de promover a equidade em cuidados de saúde para populações Étnico-Raciais no Brasil, foi realizado recentemente em Brasília. O evento contou com a presença de mais de 300 profissionais de saúde e gestores do Sistema Único de Saúde (SUS), com o objetivo de transformar o princípio de equidade em uma realidade efetiva. Este desafio é crucial para garantir que todos tenham acesso a serviços de saúde de qualidade, independentemente de sua origem étnica ou racial.
Para superar esse desafio, é necessário que os Sistemas de saúde do Brasil sejam capazes de identificar e superar as desigualdades encontradas em diferentes regiões do país, especialmente em relação à população Étnico-Racial. Isso requer a implementação de políticas públicas que promovam a equidade em saúde, garantindo que todos tenham acesso a cuidados de saúde de qualidade, independentemente de sua origem étnica ou racial. Além disso, é fundamental que os profissionais de saúde tenham formação adequada para lidar com as necessidades específicas de populações Étnico-Raciais, garantindo que os cuidados de saúde sejam Únicos e personalizados para cada indivíduo.
Parceria Estratégica para a Saúde
O seminário é um resultado de parceria do Ministério da Saúde com os Conselhos Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e Nacional de Saúde (CNS), Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) e Ministério da Igualdade Racial (MIR), visando fomentar a implementação de ações e estratégias antirracistas e de promoção da equidade étnico-racial nas Redes de Atenção à Saúde (RAS), em especial a Rede Alyne, a partir do fortalecimento das Políticas Nacionais de Saúde Integral da população Negra (PNSIPN) e de Atenção à Saúde dos Povos indígenas (PNASPI) e da estruturação de instâncias e corpo técnico para fazer frente ao racismo. Ao dar as boas-vindas aos participantes, o assessor especial para Equidade em Saúde, Luís Eduardo Batista, enfatizou que construir planos de ações estaduais é um dos resultados esperados das discussões. ‘Somos dois ministérios, seis Câmaras Técnicas do Conass, a Opas, todos para pensar como enfrentar o racismo nas RAS’, afirmou.
Equidade e Saúde: Um Desafio Compartilhado
Luís Eduardo lançou a publicação Saúde sem Racismo, Relatório de Atividades 2023/2024, da implementação da Política Nacional de Saúde da População Negra (PNSIPN). A parteira tradicional, benzedeira e liderança comunitária do Quilombo Serra da Guia, em Sergipe, Zefa da Guia, que conta ter realizado cerca de 5 mil partos, em uma profissão que começou aos 11 anos, foi homenageada com a exibição de um vídeo.
Mesa de Abertura: Uma Visão Integrada
Compuseram a mesa de abertura, a diretora da Fiocruz Brasília, Fabiana Damásio, o secretário executivo do Conass, Jurandir Frutuoso, a integrante da mesa diretora do Conselho Nacional de Saúde, Eliana Ementério, a secretária-executiva adjunta do Ministério da Igualdade Racial, Ana Míria Carinhanha, o chefe de gabinete do Ministério da Saúde, José Guerra, a representante adjunta da Opas, Elisa Pietro, o secretário substituto de Informação e Saúde Digital (Seidigi), Paulo Sellera, o secretário substituto de Saúde Indígena (Sesai), Nelson Soares Filho e o secretário de Atenção Primária à Saúde (Saps), Felipe Proenço.
Desafios e Oportunidades em Saúde
O secretário substituto da Sesai, Nelson Soares Filho, disse que pensar e discutir o racismo, principalmente em relação às mulheres gestantes, envolve reconhecer diversas formas de violência. ‘Para tentar promover a saúde e bem viver no contexto dos povos indígenas, valorizando e fortalecendo as medicinas indígenas e tecnologias de cuidados, a gente tem a Política Nacional de Atenção à Saúde dos Povos Indígenas. Participando deste seminário, a gente buscar novas soluções para o enfrentamento da questão étnico-racial na saúde indígena e no SUS’, afirma.
Parceria para o Desenvolvimento Sustentável da Saúde
Já a secretária-executiva adjunta do Ministério da Igualdade Racial, agradeceu a disponibilidade de cada participante para trabalhar durante os dois dias do evento, para que se possa dar melhores condições de vida, e de morte também, à população brasileira. ‘Nós sabemos que a saúde acaba sendo ainda uma das principais demandas em torno das garantias de direito no Brasil. O próprio racismo pode ser visto como um problema de saúde pública e aqui a gente’
Fonte: @ Ministério da Saúde
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