O governo brasileiro pretende implementar medida que restringe o uso de celulares em escolas, exceto para fins didáticos, acessibilidade ou segurança, a partir do próximo ano letivo.
Com o objetivo de promover uma educação mais qualificada e focada na interação direta entre os alunos e os professores, o Senado aprovou uma proposta que visa limitar o uso de dispositivos eletrônicos nas escolas brasileiras. O projeto, que ainda depende da sanção do presidente Lula da Silva, busca reduzir o tempo que os estudantes passam em frente a aparelhos e eletrônicos, incentivando uma experiência mais completa e diversificada em sala de aula. O uso excessivo de smartphones e celulares tem sido um tema cada vez mais discutido em todos os níveis de ensino.
Para garantir que as sugestões de mudança sejam aprovadas, os senadores ainda precisam avaliá-las minuciosamente antes de concluir a votação. Uma vez aprovado, o projeto entrará em vigor, e os professores e alunos de escolas privadas e públicas precisarão adaptar seus hábitos de uso de dispositivos eletrônicos em sala de aula. O objetivo é que os alunos se concentrem mais na aprendizagem e menos no uso de dispositivos eletrônicos.
Dispositivos Eletrônicos: Uma Nova Abordagem na Educação Básica
A discussão sobre o uso de dispositivos eletrônicos em ambientes educacionais tem sido um tópico recorrente nos últimos anos. Em um esforço para equilibrar a necessidade de acessibilidade e inclusão com a importância da concentração e aprendizado, propostas como a regra que proíbe o uso de smartphones durante a aula, no recreio e nos intervalos entre os cursos começam a ser implementadas em diferentes estados do Brasil.
Uso Responsável: A Nova Diretriz
A regra, que se aplica à educação básica, ou seja, pré-escola, ensino fundamental e ensino médio, permite o porte do celular pelos estudantes, mas com restrições. O uso dos dispositivos eletrônicos está limitado a casos excepcionais, como situações de perigo, necessidade ou de força maior. Além disso, os professores podem autorizar o uso de aparelhos eletrônicos pessoais em sala de aula para fins estritamente pedagógicos ou didáticos, garantir a acessibilidade e a inclusão, atender às condições de saúde dos estudantes e assegurar direitos fundamentais dos alunos.
Acessibilidade e Inclusão: O Papel dos Dispositivos Eletrônicos
Essa abordagem não é novidade em todo o país. Em São Paulo, por exemplo, os aparelhos celulares devem ser guardados de forma que os alunos não tenham acesso a eles, e o uso será proibido para todo o período em que o aluno fica na escola, incluindo os intervalos entre as aulas, recreios e atividades extracurriculares. A medida visa promover o uso responsável dos dispositivos eletrônicos e garantir que a educação básica seja uma experiência mais focada e produtiva para todos os estudantes.
Um Passo A Frente para uma Educação Mais Inclusiva
Até recentemente, propostas mais rígidas estavam em discussão, como a proibição do porte de celulares para alunos do ensino infantil e anos iniciais do fundamental, com o objetivo de proteger a infância de possíveis abusos. No entanto, a nova abordagem reconhece a importância dos dispositivos eletrônicos como ferramentas educacionais, desde que utilizados de forma responsável e com orientação adequada.
Um Caminho Semelhante em Outros Estados
Propostas semelhantes foram aprovadas em diferentes estados do Brasil, mostrando um movimento nacional em direção a uma educação mais inclusiva e focada. O projeto que deu origem a essa regra tramita na Câmara dos Deputados desde 2015 e ganhou impulso quando o Ministério da Educação informou que estava preparando uma medida para proibir o uso de celulares em escolas públicas.
Fonte: © G1 – Globo Mundo
Comentários sobre este artigo