Empresa de logística recupera-se, Armando Marchesan Neto assume conselho, Alexandre Rodrigues lidera negócio de logística, mudança na cadeira de especialista em modelos rentáveis de transporte expresso.
Uma alteração significativa na gerência da Sequoia, uma das principais companhias do Brasil, foi anunciada recentemente. O fundador, Armando Marchesan Neto, está deixando a função de CEO para ocupar o cargo de membro do conselho de administração. É uma mudança que não foi imprevista, uma vez que o empresário já havia divulgado sua decisão de se afastar da posição de presidente executivo da empresa.
Para substituir Armando Marchesan Neto, a Sequoia trouxe um executivo de grande experiência, Alexandre Rodrigues, que assume a posição de CEO da empresa. Alexandre Rodrigues é conhecido por sua habilidade em operações industriais e logística, áreas estratégicas para o sucesso de uma empresa como a Sequoia. Com sua experiência, ele busca estabelecer um modelo de gestão inovador, que englobe técnicas de gestão eficientes e modernas que atendam as necessidades atuais de competitividade e crescimento.
Transição de CEOs é um Passo Fundamental para Reestruturação da Sequoia
A mudança na liderança da Sequoia, com a saída de Marchesan Neto e a chegada de Rodrigues, será um processo gradual que se estenderá ao longo dos próximos meses, culminando em 1º de fevereiro de 2025, quando o executivo especialista em otimização de processos e padronização de operações assumirá definitivamente a cadeira de CEO, um papel crucial para a empresa. Rodrigues, com experiência em empresas como Ouro Verde/Unidas, Ambev e Votorantim, está preparado para enfrentar os desafios, destacando a necessidade de focar na governança e entrega. Essa mudança é resultado da gestão anterior que limpou os obstáculos financeiros, permitindo a criação de um sistema de gestão eficaz.
A chegada de Rodrigues ocorre após a aceitação do pedido de recuperação extrajudicial da Sequoia em 22 de outubro, um passo crucial em um processo de turnaround iniciado no fim de 2023. Nesse período, a empresa reestruturou seu endividamento com os bancos, realizando a conversão de R$ 582 milhões de uma dívida de R$ 754 milhões. Além disso, um acordo com os credores não financeiros permitiu o pedido de recuperação extrajudicial, com um total de R$ 295 milhões a receber de cerca de 700 fornecedores, dos quais 90% já não trabalham mais com a empresa.
‘O timing para a transição é adequado após a reestruturação. A empresa está mais leve e o Alexandre é um sangue novo que chega com a cabeça fresca para acelerar nas avenidas de crescimento’, afirma Marchesan Neto, ressaltando a importância de Rodrigues para acelerar o crescimento. Rodrigues realizará um mergulho profundo na estrutura da Sequoia em novembro para identificar ineficiências e fazer ajustes rápidos. Além disso, duas pessoas de planejamento da Jive, que detém 22% da companhia, desembarcarão na Sequoia para ajudar a criar modelos rentáveis para o negócio, com foco em acertar o preço e melhorar a eficiência operacional.
A Sequoia também se concentrará nos mercados onde é competitiva, evitando entrar em uma guerra de preços para transportes de varejo, e adotará um modelo asset light. Essa transformação já está em andamento, com a entrega de centros de distribuição que geravam custo fixo, mas estavam ociosos. A empresa agora alugará espaços conforme a demanda, transformando o custo fixo em variável, e está negociando com um grande player do varejo para locar parte do galpão de sua estrutura no interior de São Paulo. A ideia é reduzir a ociosidade que chegou a 90% em um grande espaço alugado da GLP, agora transformado em uma oportunidade para reduzir o custo fixo e aumentar a eficiência.
Fonte: @ NEO FEED
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