Homem absolvido por síndrome autocervejaria, produz etanol por fermentação endógena no corpo.
Hoje, 15 de julho, no Canadá, uma mulher foi liberada da acusação de conduzir sob efeito de álcool, devido à condição rara conhecida como síndrome da autocervejaria. Esse distúrbio peculiar faz com que o organismo fabrique álcool internamente, mesmo sem consumir bebidas alcoólicas.
A produção de álcool pelo próprio corpo pode causar situações confusas e inesperadas, levando a equívocos em testes de bafômetro. Portanto, é essencial que a síndrome da autocervejaria seja reconhecida e considerada ao avaliar casos aparentemente relacionados ao consumo de álcool.
A síndrome da autocervejaria e suas peculiaridades
A condição rara de produção de álcool no próprio corpo, conhecida como síndrome da autocervejaria (ABS), vem intrigando médicos e especialistas pelo mundo. Um caso recente envolvendo um homem que trabalha em uma cervejaria chamou atenção para essa síndrome, que foi confirmada por três médicos independentes. Vale ressaltar que, mesmo atuando nesse ambiente, o homem não apresentava sinais de intoxicação por álcool, o que reforça a complexidade dessa condição.
Entendendo a síndrome da autocervejaria
A síndrome da autocervejaria é uma condição extremamente rara que leva o indivíduo a produzir etanol através da fermentação endógena, ou seja, dentro do próprio corpo. Este processo ocorre a partir da ingestão de carboidratos, que são fermentados por fungos ou bactérias presentes no trato gastrointestinal. A síndrome é também conhecida como síndrome de fermentação intestinal.
Fatores de risco e causas desconhecidas
Embora os especialistas ainda não tenham uma compreensão completa das causas da síndrome da autocervejaria, alguns fatores de risco têm sido identificados, como diabetes, obesidade, doença de Crohn e uso prolongado de antibióticos. Esses fatores podem desencadear a produção de etanol no corpo de forma não intencional.
Sintomas e diagnóstico da síndrome
Os sintomas da síndrome da autocervejaria incluem sinais de embriaguez, como vômitos, fadiga, tontura e desorientação, mesmo sem a ingestão de álcool. Além disso, os pacientes podem desenvolver problemas como depressão e ansiedade. Para diagnosticar a condição, é possível realizar testes específicos, como a exposição a glicose para medir os níveis de álcool no sangue após a ingestão de carboidratos.
Tratamento e perspectivas
O tratamento da síndrome da autocervejaria geralmente envolve o uso de antifúngicos ou antibióticos, probióticos e uma dieta com baixa quantidade de carboidratos. Essas medidas ajudam a controlar os sintomas e a regular a produção de etanol no organismo. Devido à raridade dessa condição, o diagnóstico preciso e o tratamento adequado são essenciais para o manejo dos casos de síndrome da autocervejaria.
Fonte: @ Estadão
Comentários sobre este artigo