O Dow Jones subiu 0,77%, o S&P 500 valorizou 1,04%, e o Nasdaq avançou 1,50%, refletindo resultados do índice e previsão do mercado otimista.
As bolsas de Nova York encerraram o pregão desta quinta-feira com valorização, após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarar que pretende aplicar tarifas equivalentes às praticadas por outras nações sobre produtos americanos. No entanto, ele ressaltou que essas medidas não serão implementadas de maneira imediata. Essa decisão pode impactar diretamente as relações comerciais globais.
Além das tarifas, o governo americano também avalia a possibilidade de ajustar outras taxas e impostos relacionados ao comércio internacional. Essa estratégia visa proteger a economia doméstica e equilibrar as trocas comerciais. Ainda não há previsão de quando essas mudanças serão efetivadas, mas o anúncio já gerou reações no mercado financeiro.
Impacto das Tarifas e Taxas no Mercado Financeiro
A queda nas taxas dos Treasuries, impulsionada por uma correção do mercado, contribuiu para o desempenho positivo dos índices acionários. No fechamento, o Dow Jones registrou alta de 0,77%, atingindo 44.711,31 pontos, enquanto o S&P 500 valorizou 1,04%, chegando a 6.115,06 pontos. O Nasdaq destacou-se com o melhor desempenho, subindo 1,50% e fechando em 19.945,64 pontos. Em meio a esse cenário, Trump assinou um decreto que estabelece a cobrança de tarifas recíprocas, alinhando os valores cobrados pelos Estados Unidos aos aplicados por outros países em produtos americanos.
Expectativas do Mercado e Tarifas Recíprocas
Analistas de mercado já esperavam essa medida, destacando que o governo americano ainda estuda quais países serão afetados por essas tarifas. Essa abordagem sugere que a tarifação é uma ferramenta estratégica de negociação, semelhante ao que ocorreu com as primeiras tarifas impostas por Trump contra México e Canadá. No contexto macroeconômico, o rendimento da T-Note de dez anos recuou 9,5 pontos-base (0,095 ponto percentual) no fim da tarde, para 4,537%, refletindo uma correção após a alta registrada na sessão anterior.
Resultados do Índice de Preços e Previsões
A correção foi influenciada pelos resultados do índice de preços ao produtor (PPI). O núcleo da inflação no atacado avançou 0,3% em janeiro, em base mensal, após uma alta revisada de 0,4% em dezembro, alinhando-se à previsão do mercado de alta de 0,3%. Em um relatório, o J.P.Morgan destacou que os principais componentes usados para a previsão do índice de preços de gastos com consumo (PCE) apresentaram resultados suaves no PPI, reforçando a estimativa de inflação abaixo do consenso.
Perspectivas para o Federal Reserve
O deflator do PCE, principal índice de inflação utilizado pelo Federal Reserve (Fed), indica que, embora o banco central provavelmente não declare vitória com esses números e retome cortes imediatamente, a tendência atual pode abrir espaço para a redução das restrições de política monetária ainda este ano. Essa análise reforça a importância de monitorar as tarifas, taxas, impostos e tributos como fatores-chave para o equilíbrio econômico global.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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