Pará registrou mais de 18 mil focos de incêndio. Ações incluem vigilância epidemiológica e assistência a doenças respiratórias agravadas pela fumaça em Sala de Situação Nacional de Emergências Climáticas em Saúde.
A Saúde pública é um dos principais focos de atenção em momentos de crise, como a seca extrema e as queimadas que afetam a região do sudeste do Pará. Nesta terça-feira (15), a equipe da Sala de Situação Nacional de Emergências Climáticas em Saúde iniciou uma visita técnica a Marabá, com o objetivo de diagnosticar a situação e avaliar as necessidades da população local.
Além de diagnosticar a situação, a equipe também realizará um Monitoramento constante das condições de saúde da população, com o objetivo de identificar possíveis problemas de saúde relacionados à seca e às queimadas. A Vigilância em saúde é fundamental nesse momento, pois permite que as autoridades tomem medidas preventivas e corretivas para minimizar os impactos negativos na saúde da população. A Assistência médica também será reforçada, com a disponibilização de recursos e equipamentos necessários para atender às necessidades da população.
Missão de Saúde em Marabá
Uma equipe de profissionais de saúde está realizando uma missão em Marabá, no Pará, para avaliar a situação de saúde da população afetada pelas queimadas e incêndios florestais na região. A missão, que segue até a próxima sexta-feira (18), também incluirá os municípios de Altamira, Itupiranga e Santarém, que estão entre os 10 com mais focos de incêndio ativos, de acordo com dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Esta é a quinta expedição da Sala de Situação Nacional, que já atuou no Amazonas, Acre, Rondônia e Tocantins.
A equipe realizará um levantamento de informações em campo para identificar as demandas da população de Marabá e traçar estratégias para melhor atendê-los. ‘Por meio do levantamento de informações em campo, poderemos identificar as demandas da população de Marabá e traçar estratégias para melhor atendê-los’, afirma Bruno Moreno, técnico do Programa Nacional de Vigilância de Qualidade da Água para Consumo Humano (Vigiagua). As principais atividades incluem o monitoramento de doenças hídricas, fortalecimento da Vigilância Epidemiológica, Assistência a doenças respiratórias agravadas pela fumaça das queimadas e ações voltadas à Vulnerabilidade Nutricional, tanto para populações urbanas quanto para comunidades indígenas, quilombolas e ribeirinhas.
Impacto das queimadas na saúde
De acordo com o Polo Base Marabá do Distrito Sanitário Especial Indígena Guamá-Tocantins (Dsei Guamá-Tocantins), 85% das 61 aldeias da região foram impactadas pela estiagem e queimadas, afetando 3.878 indígenas das terras indígenas Mãe Maria, Xikrin do Katete e Sororó. Além disso, a poluição atmosférica também é uma preocupação, com Marabá apresentando níveis de material particulado fino três vezes superiores ao limite recomendado pela Organização Mundial da Saúde (15 μg/m³). Desde agosto, o estado está sob decreto de emergência ambiental devido a incêndios florestais.
Segundo o informe Monitoramento de Queimadas para Vigilância em Saúde, durante a semana epidemiológica 40 (SE 40), o Pará é o 3º estado com o maior número de focos de calor, totalizando 745. A Sala de Situação Nacional, comandada pelo Departamento de Emergências em Saúde Pública do Ministério da Saúde (DEMSP), é composta por técnicos das secretarias de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA), Saúde Indígena (SESAI), Atenção Primária à Saúde (SAPS) e Atenção Especializada à Saúde (SAES), além de representantes da Secretaria de Saúde Pública do Pará. A missão tem como objetivo principal proteger a Saúde da população afetada pelas queimadas e incêndios florestais.
Fonte: @ Ministério da Saúde
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