Hoka e On somam US$4 bilhões em vendas em 7 anos, enquanto Nike perde US$1 bilhão. Estudo mostra ascensão das marcas concorrentes no mercado esportivo.
Na hora de escolher o seu companheiro de treinos, é importante considerar alguns fatores para garantir o máximo de conforto e desempenho. Os tênis de corrida vêm em diferentes modelos e tecnologias, cada um adequado a um tipo de pisada ou objetivo. Portanto, antes de comprar o primeiro calçado esportivo que encontrar, vale a pena fazer uma pesquisa para encontrar o modelo ideal para suas necessidades.
Além disso, é fundamental lembrar que os calçados para corrida têm um prazo de validade e que, após certo tempo de uso, é recomendável substituí-los para evitar lesões e desconfortos durante a prática esportiva. Portanto, fique atento aos sinais de desgaste do tênis de corrida e troque-o regularmente para manter sua performance em dia.
Corrida e o Mercado de Tênis de Corrida
E a verdade é que, nos dias de hoje, o mercado de calçados esportivos, responsável por um crescimento de US$ 8 bilhões em volume total de vendas (GMV, na sigla em inglês) em apenas sete anos, está bastante competitivo. É o que revela um estudo divulgado pela IP Capital Partners a partir de dados da Bernstein Research.
Nos últimos anos, enquanto a Nike, líder no segmento de calçados para corrida, perdeu US$ 1 bilhão em meio à concorrência acirrada, os novos entrantes obtiveram pelo menos US$ 7 bilhões, de acordo com uma pesquisa realizada internacionalmente. Parte dessa transformação no mercado de tênis de corrida está associada à estratégia adotada pelas marcas.
A Nike, por exemplo, priorizava o modelo ‘direct-to-consumer’, um tipo de modelo de negócio em que o proprietário do produto é responsável pela venda direta, sem intermediários. Já as marcas Hoka e On seguiram o modelo mais tradicional, distribuindo seus produtos para varejistas que realizam a venda dos seus tênis de corrida.
Correr virou Moda?
A ascensão da corrida como esporte popular, impulsionada principalmente após a pandemia de covid-19, abriu novas oportunidades para as marcas emergentes, como Hoka e On.
Para ilustrar, em 2019 apenas 31% dos entrevistados praticavam exercícios físicos de três a cinco dias por semana. No último ano, esse percentual aumentou para 43%. Neste mesmo período, também cresceu a participação de consumidores dispostos a investir mais de U$ 120 em um par de calçados para corrida. Em 2019, eram apenas 16%, enquanto em 2023 esse número subiu para 31%.
Vale ressaltar que a pesquisa foi realizada exclusivamente nos Estados Unidos. De acordo com os dados levantados, uma das razões que explica a mudança na escolha de tênis de corrida são as inovações tecnológicas (ou a falta delas) consideradas questionáveis pelos novos corredores.
Com poucas novidades estéticas nos calçados, como no caso do Pegasus, um modelo da Nike desenvolvido para corrida, os corredores iniciantes acabaram sendo atraídos pela combinação de desempenho e design diferenciado das marcas concorrentes.
Não surpreendentemente, Hoka e On, em conjunto, passaram a deter metade do volume total de vendas (US$ 4 bilhões) no mercado de tênis de corrida entre 2016 e 2023. Enquanto cada uma conquistou US$ 2 bilhões, a Nike perdeu U$ 1 bilhão e marcas como Asics, Brooks e New Balance, juntas, lucraram US$ 1 bilhão.
Os outros US$ 3 bilhões foram provenientes de marcas como Anta, Li-Ning e Xtep, além de outros concorrentes não mencionados no estudo.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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