Pesquisa busca otimizar tratamento da doença através de formulações terapêuticas da proteína Anexina A1, em camundongos, visando identificar a gravidade da inflamação e melhorar a biodisponibilidade.
Um estudo realizado pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) está em andamento para analisar a dengue e encontrar maneiras de prevenir sua propagação. No último dia 29 de fevereiro, o Brasil alcançou a preocupante marca de 1 milhão de casos confirmados da doença somente nos primeiros meses do ano.
A dengue é uma arbovirose transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, sendo fundamental adotar medidas de controle para evitar a proliferação do vetor. A prevenção é a melhor forma de combater a dengue e garantir a saúde da população.
Proteína Anexina A1: Importância na Identificação da Gravidade da Dengue
Os dados, divulgados pelo Ministério da Saúde, ainda incluem 214 mortes e 687 casos em investigação. A pesquisa, iniciada em 2015 e publicada na revista internacional eLife em 2022, ganhou destaque ao revelar que a proteína Anexina A1 além de desempenhar um papel importante na identificação da gravidade da dengue, também representa um ‘freio’ para a inflamação desencadeada pela arbovirose. Segundo o estudo, nos casos mais graves, os índices da proteínas são mais baixos.
Estudo em Camundongos e Formulações Terapêuticas para a Dengue
Além disso, os testes realizados em camundongos evidenciaram que os animais que receberam uma porção ativa da Anexina A1 desenvolveram formais mais leves da doença. À CNN, a professora adjunta Vívian Vasconcelos Costa, que integra o Departamento de Morfologia do Instituto de Ciências Biológicas (ICB), explica sobre a nova etapa do estudo, também liderado pelos professores Mauro Martins Teixeira, do Departamento de Bioquímica e Imunologia, e Pedro Pires Guimarães, do Departamento de Biofísica e Fisiologia. ‘Buscamos construir formulações terapêuticas contendo a porção ativa da Anexina A1 que identificamos na pesquisa inicial visando reduzir a dose administrada e aumentar a biodisponibilidade e efeito no hospedeiro.
Desafios na Produção e Biodisponibilidade da Proteína Anexina A1
Estes estudos ainda serão realizados em modelos animais’, conta. No momento, de acordo com a especialista, os desafios estão em identificar a melhor formulação e avançar para a produção em maior quantidade e com qualidade adequada (produções em boas práticas de laboratório) para prosseguir com novos testes. ‘Isso perpassa por obtenção de novos recursos e também novas parcerias (empresas interessadas em produzir o produto)’, afirma Vivian. ‘Toda pesquisa pré-clínica (fase em que estamos) e clínica necessita de muitos recursos que permitirão o pagamento de mão de obra especializada (que envolve técnicos e estudantes especializados), manutenção da infraestrutura, compra de insumos e equipamentos’, finaliza.
Explorando Novas Perspectivas no Tratamento da Dengue
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Fonte: © CNN Brasil
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