Ícone do jornalismo brasileiro é sepultado em Cordeirópolis, no interior de São Paulo, após velório no Rio de Janeiro, e será lembrado por sua voz marcante no rádio da cidade e por ter transmitido a Copa de 1950, com serviço de alto-falante em Birigui.
Em um ato de homenagem aos 77 anos de vida, corpos de familiares e amigos se reuniram em Cordeirópolis, cidade natal do jornalista Léo Batista, para realizar uma cerimônia fúnebre em sua homenagem. Léo Batista foi um dos principais nomes da história do jornalismo brasileiro.
Na tarde desta terça-feira, a cidade de Cordeirópolis, província histórica que o jornalista tanto amou, acolheu seu corpo com uma grande manifestação de dor e luto. Amigos e familiares do jornalista Léo Batista foram apresentados durante a cerimônia, destacando sua imensa contribuição para a área jornalística. Ele deixou um legado marcante, que será sempre lembrado pela comunidade jornalística. No último dia de sua vida, Léo Batista foi muito lembrado por sua forte paixão pelo jornalismo.
Um legado de som e emoção
Léo Batista, um nome que ecoa além das fronteiras de Cordeirópolis, deixou um rastro de emoções e memórias que transcendem a passagem do tempo. A trajetória do jornalista é um testemunho de dedicação e paixão pela profissão, com uma voz marcante que se tornou sinônimo de excelência no meio radiofônico.
A infância e os primeiros passos
João Baptista Belinaso Neto, como era o nome de batismo de Léo Batista, nasceu em 22 de julho de 1932. Ainda adolescente, ele se destacou por sua habilidade de comunicação e foi aprovado em um concurso para locutor do serviço de alto-falante da cidade. Essa experiência foi o aliciante que despertou sua paixão pelo jornalismo esportivo.
O surgimento da voz marcante
A voz de Léo Batista era uma obra-prima de expressão e emoção. Seu sobrinho, José Vitor Luke, lembra de um costume curioso que já revelava a habilidade do tio para narrar histórias. Com um cabo de vassoura e uma latinha de massa de tomate, Léo Batista criava uma atmosfera de esporte e emoção, narrando jogos de bola na margem do campo. Esse talento foi o precursor da carreira de sucesso do jornalista no futuro.
Destaque em Piracicaba e a Copa de 1950
Léo Batista se destacou em Piracicaba, trabalhando em uma rádio da cidade e narrando jogos do XV de Piracicaba. Ele também foi convidado para trabalhar em uma rádio em Birigui, onde se destacou e conseguiu vaga na Rádio Difusora em Piracicaba. A Rádio Difusora era a única emissora da cidade e transmetia jogos de futebol com uma grande audiência. Léo Batista foi fundamental para conquistar o público com sua voz marcante e jeitão inconfundível.
1950: a grande Copa do Mundo
Em 16 de julho de 1950, Léo Batista enfrentou um desafio histórico ao precisar transmitir o final da Copa do Mundo, em que o Brasil perdeu para o Uruguai. Na época, os locutores chegavam dos estádios para as emissoras por meio de linhas de telefone fixo. Um problema na distribuição dos fios deixou Léo Batista sem poder narrar a partida. Uma gravação revisitada pela equipe da EPTV registra Léo Batista relembrando a oportunidade de narrar o jogo da Copa de 50.
Fonte: © GE – Globo Esportes
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