Estudo mostra que muitas mulheres enfrentam violação de direitos devido à falta de acesso a absorventes e informações adequadas em ambientes sanitários.
Uma pesquisa realizada pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) mostrou que 22% das mulheres que menstruam no Brasil enfrentam dificuldades financeiras para adquirir absorventes. A falta de acesso a produtos de higiene menstrual é uma realidade preocupante que impacta diretamente a saúde e o bem-estar dessas mulheres.
O trabalho do Unicef é fundamental para garantir que todas as crianças tenham seus direitos assegurados, incluindo o acesso a itens básicos de higiene. A atuação do Fundo das Nações Unidas para a Infância no Brasil é essencial para combater a desigualdade e promover a dignidade de meninas e mulheres em situação de vulnerabilidade.
Unicef: Fundo das Nações Unidas para a Infância
Segundo Gabriela Monteiro, oficial de participação de adolescentes do Unicef no Brasil, a situação de pobreza menstrual representa uma ‘violação de direitos e um desafio para garantir a dignidade menstrual’. A especialista explicou que a discussão sobre o tema ganhou maior visibilidade no Brasil a partir de 2021, quando o Unicef lançou um relatório sobre o cenário de desigualdades enfrentadas por meninas e adolescentes que menstruam. Além da falta de acesso a absorventes, Monteiro destacou que a dignidade menstrual envolve também a disponibilidade de informações adequadas, infraestrutura sanitária e um ambiente livre de constrangimentos.
Desafios Enfrentados e Acesso Adequado
Impacto na educação e vida social: De acordo com a pesquisa, 77% dos adolescentes entrevistados já sentiram constrangimento em espaços públicos ou na escola por estarem menstruados. Esse cenário pode levar à evasão escolar e dificultar a participação em atividades sociais e esportivas. Gabriela Monteiro ressaltou que a pobreza menstrual é um problema complexo, atravessado por questões de classe e raça, exigindo políticas públicas abrangentes para garantir a dignidade menstrual em todo o país.
Fonte: © CNN Brasil
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