Jovem jogador do Coritiba fala sobre evolução defensiva, surpresa com Girona, apoio de Danilo, Guardiola e Seleção Brasileira.
Microfone aberto para Yan Couto, e não é para falar sobre o cabelo rosa. Um dos atletas mais jovens da Seleção Brasileira na Copa América – atrás somente de Endrick, Savinho e Beraldo -, o lateral-direito ocupou holofotes por temas diversos nas vezes em que foi convocado, mas não pelo que fez dentro de campo.
Na Seleção Brasileira, a pressão por resultados é constante, e os jogadores sabem que cada oportunidade é única. Yan Couto, mesmo com toda a atenção fora das quatro linhas, mantém o foco e a determinação em representar bem a Seleção. Sua postura exemplar tem sido elogiada pelos técnicos e companheiros de equipe.
Seleção Brasileira: Yan Couto e sua trajetória de sucesso
Às vésperas da estreia do Brasil diante da Costa Rica, o jovem de 22 anos recém completados mostra que a personalidade vai além do visual. Yan Couto, campeão mundial sub-17 em 2019, já viveu muita coisa pela Seleção Brasileira. Em suas três convocações, foi elogiado pela postura contra Venezuela e Uruguai. Questionado por apontar Dani Alves como ídolo, ele ficou fora da lista de Diniz em novembro, retornou com Dorival e se viu no meio do holofote por pintar o cabelo.
Antes de se apresentar nos Estados Unidos, Yan Couto recebeu o ge para falar do que fez dentro de campo e garantiu que fez por onde ser eleito para defender o país na Copa América. Ele destaca: ‘É uma temporada que vou lembrar para sempre. Surpreendemos muita gente. Conseguimos demonstrar durante o ano que tínhamos um grupo bom com jogadores jovens e mesclado com outros de muita experiência.’
‘Muita gente não viu, mas eu e Savinho estamos convocados para Seleção por mérito nosso e do Girona. Batemos de frente com times de altíssimo nível’, acrescenta Yan Couto. Os números realmente comprovam uma temporada especial pelo surpreendente Girona, terceiro colocado em La Liga. O lateral disputou 39 jogos, marcou dois gols e deu oito assistências.
Comprado pelo Grupo City aos 18 anos ao se destacar no Coritiba, Yan Couto está em seu quarto ano na Europa, terceiro no clube da Catalunha – defendeu o Braga em 2021/22. Essa experiência o fez virar a chave rapidamente na Seleção Brasileira.
O jovem jogador, que antes se continha como fã na convocação para os jogos com Venezuela e Uruguai em outubro, agora se diz mais à vontade no ambiente onde espera conviver até o dia 14 de julho, data da final da Copa América. Yan Couto destaca: ‘Me acostumei um pouco em não olhar os jogadores só como ídolos, mas como pessoas e amigos. Criei uma relação muito boa e ficou mais natural, não fica aquela coisa de ter medo do que falar, do que fazer, e consigo ser mais eu ali dentro. Me sinto preparado e com mais experiência neste sentido.’
Agindo naturalmente diante dos ídolos, Yan Couto tem em Danilo uma referência que vai além dos gramados. Com o companheiro de posição e agora capitão da Seleção, o lateral guarda momentos marcantes, como o conselho ainda no gramado da Arena Pantanal, em Cuiabá, segundos antes da estreia com a camisa verde e amarela: ‘Ele (Danilo) disse: ‘Vai lá, moleque. Tranquilo. Faz o que você sabe, porque chegou sua hora’. Durante as convocações ele me deu instruções.’
Quando somos mais novos, queremos muito fazer as coisas aceleradas, ir para o ataque muito rápido e ele me ajuda em muitos aspectos. É muito gratificante estar ali e poder aprender com ele. Atacante de lado de campo nas categorias de base do Coxa, Yan migrou para a lateral direita ainda antes dos 15 anos nas categorias de base. O ímpeto ofensivo, no entanto, segue no DNA e educar-se para ser mais lateral e menos ponta é um dos desafios no caminho pela consolidação na Europa e na Seleção Brasileira.
Fonte: © GE – Globo Esportes
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