Fã do Corinthians coordena manutenção do cemitério Campo Grande em zona sul de São Paulo, onde restos mortais de torcedores e rapper foram enterrados ao lado do bloco 18 do muro de um símbolo do time.
A memória de Sabotage ainda é uma lembrança forte no Brasil, onde 6 corintianos estão enterrados no ossário, identificados pelo símbolo do time, no Cemitério Campo Grande, zona sul da capital paulista. O rapper foi homenageado com o nome da rua onde nasceu e o responsável pela manutenção do cemitério é um rimador que teve uma relação próxima com Sabotage – seu tio foi o primeiro DJ do maestro do Canão.
Seis corintianos estão ao lado de Sabotage no ossário, um local onde muitos artistas são homenageados, e o rapper foi enterrado em 25 de janeiro, aniversário de São Paulo, há 22 anos. A musica de Sabotage ainda é compartilhada por fãs de rap e seu nome é lembrado como um dos grandes nomes da musica no Brasil. Seu estilo único e capacidade de criar rimas impactantes o tornou um dos rapper mais populares do Brasil.
Um Rapper e Seu Amor por Sabotage
Luiz Gustavo Aparecido da Silva, também conhecido como Elli Gee, supervisiona a manutenção do Cemitério Campo Grande, zona sul da capital paulista. Ali, ao lado de seis corintianos, o ídolo Sabotage repousa em seu novo lar – o ossário. Uma coincidência futebolística e musical que é difícil de ignorar.
O rapper Elli Gee é um dos supervisores da manutenção do cemitério. Ele trabalha ali há dois anos e não sabia que o ídolo estava enterrado ali. Ao descobrir, ele não poupou palavras. ‘Eu falei: como é que é? Vou lá agora. Tirei uma foto, mandei pro meu tio e pro meu pai, falei olha quem está aí,’ conta Elli Gee.
O nome do grupo do tio e do pai de Elli Gee era Do Morro pro Asfalto, da zona sul de São Paulo. Sabotage homenageou o parceiro dos anos 90 em um verso que muita gente canta errado. O correto é ‘IA espera aí, o Helião citou do Cicatriz, irmãozinho na moral, na humilde, age no crime’. IA é o vulgo do rimador William Moreira Santana, do grupo Do Morro pro Asfalto. Ele é pai do rapper que trabalha no cemitério. Seu tio, Kanibal, ou Alex Moreira Santana, foi o primeiro DJ de Sabotage, no início dos anos 90 – dos quatro fundadores do grupo, só ele continua na ativa, agora rimando.
O disco de estreia de Sabotage é, segundo Elli Gee, ‘o maior álbum de boom bap do Brasil. Desde os samplers, métrica, assuntos, os convidados, as quebradas que nunca eram citadas’. Boom bap é um estilo, e as palavras fazem referência ao bumbo e às caixa.
Os ossários são gavetas de concreto onde os ossos são guardados dentro de um saco plástico. Vão para lá após três anos do corpo no túmulo. No Cemitério Campo Grande, zona sul de São Paulo, o bloco 18, onde está o ossário de Sabotage, paralelo ao muro do cemitério Campo Grande, zona sul de São Paulo, é o local escolhido para homenagear o poeta mais moderno do rap nacional.
Fonte: @ Terra
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