Mudança-radical separa futebol das demais áreas, com o departamento-médico, elenco-gerente, negócios-mercado e base desligado.
Em seu primeiro mês à frente da administração do Flamengo, o presidente Luiz Eduardo Baptista, o Bap, trouxe mudanças significativas para o clube, especialmente na separação entre futebol e outras áreas do Ninho do Urubu. Isso significa que a administração passa a ser mais eficiente em sua tomada de decisões.
Com essa separação, a direção do clube pode se concentrar em seus aspectos de negócios, enquanto a gerência do departamento de futebol foca exclusivamente nas questões relacionadas ao esporte. Isso promove uma gestão mais eficaz e apropriada para cada área, afastando-se da administração única anterior. A equipe de Bap trabalha para garantir que o Flamengo seja um dos principais times do país.
Administração: Mudança Radial no Futebol
A gestão do Flamengo, sob a direção do presidente Bap, levou a cabo uma transformação radical no dia a dia do clube. O objetivo era separar a administração do futebol, com o diretor técnico José Boto à frente. Esta medida resultou da venda da empresa para um grupo externo. O departamento médico e a base foram desativados. Boto foi o primeiro ato da nova diretoria. Todas as decisões do futebol necessitam do aval do português. O presidente deu carta branca ao diretor e respeita o espaço do elenco. Bap costuma se encontrar com Boto fora dos horários de treinos, para evitar interferir no dia a dia do time.
Boto será responsável pela reformulação do departamento médico e fez algumas mudanças significativas. A diretoria do Flamengo promoveu demissões em massa: uma no departamento médico e outra na base. O clube contratou o atacante Juninho e o zagueiro Danilo. A primeira contratação mostra que o perfil mudou: o clube buscou o substituto de Gabigol no Azerbaijão por 5 milhões de euros (R$ 31 milhões). O Flamengo emprestou Alcaraz para o Everton, da Inglaterra. David Luiz não renovou o contrato. O departamento médico foi reorganizado, promovendo o retorno do diretor médico geral, José Luiz Runco, após nove anos. Quase 40 pessoas foram desligadas do departamento médico do Flamengo. Na base, mais de 50 pessoas foram demitidas, incluindo funcionários e jogadores. O clube identificou que havia cargos desnecessários. A direção foi reorganizada: Boto contratou o português Alfredo Almeida como seu assistente. Carlos Noval mudou de função e assumiu a direção da base. Gabriel Skinner voltou ao Flamengo como gerente de Administração e Logística, e Dekko Roisman assumiu o cargo de Relações Institucionais. Bruno Spindel foi escolhido por Boto para renegociar os prazos do pagamento de comissões a empresários. A ação visou aumentar o fluxo de caixa do Flamengo neste início de gestão.
Fonte: © GE – Globo Esportes
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