Fiscais encontraram 166 guaiamuns confinados no restaurante, área próxima a Núcleo de Operações do Ministério do Meio, onde eram abatidos e servidos em atividade de pesqueira.
De acordo com o Ibama, o restaurante comercializava o alimento na forma de um guisado de caranguejo, na cidade de Goiana, no litoral norte de Pernambuco, caracterizando o delito de caça ou coleta de espécie protegida e comércio de espécie ameaçada.
O guaiamum é uma espécie de caranguejo que se encontra ameaçada de extinção e vulnerável devido à caça excessiva e ao desmatamento, o que tem impacto negativo em sua proteção. A venda ilegal de espécies protegidas é considerada crime e pode resultar em severas penalidades, como multas e até mesmo a perda da licença de operação.
Ameaças à Proteção da Biodiversidade
Nos últimos dias, um flagrante de coleta, transporte e comércio ilegais de caranguejos chamou a atenção da sociedade. A operação Caburi foi realizada no dia 27 de janeiro, com o objetivo de combater a atividade ilegal. Nesta ação, os fiscais do Ibama encontraram 166 guaiamuns confinados em um restaurante, onde eram abatidos e servidos aos clientes. Essa prática é uma ameaça à proteção da biodiversidade.
O Impacto da Atividade Pesqueira na Espécie
O guaiamum é uma espécie de caranguejo conhecida pela coloração azulada, podendo crescer até 15 centímetros e pesar 500 gramas. A espécie pode ser encontrada no litoral de toda a América, desde o Brasil até os Estados Unidos. No entanto, a pesca predatória tornou o animal vulnerável à extinção desde 2005, e a partir de 2018, passou a estar criticamente ameaçada.
Multa e Proteção da Espécie
Em razão das infrações cometidas, o Ibama aplicou uma multa de R$ 1,6 milhão ao restaurante. Além disso, os animais foram apreendidos e imediatamente devolvidos à natureza, em uma área próxima a um manguezal, em uma cidade vizinha. Esse procedimento foi levado em consideração devido à vulnerabilidade da espécie e o grande número de caranguejos apreendidos.
A Importância da Colaboração da Sociedade
O chefe do Núcleo de Operações de Fiscalização da Atividade Pesqueira (Nupesc) do Ibama, Igor de Brito Silva, destaca a importância da colaboração da sociedade na proteção da biodiversidade brasileira. A atividade pesqueira ilegal é um dos principais fatores de ameaça à espécie, e a colaboração da sociedade é fundamental para desestimular a comercialização de animais ameaçados de extinção.
Fonte: @ Terra
Comentários sobre este artigo